O Reino de Deus está entre nós • César Luiz

A VIDA DE NOSSO SENHOR (parte 2)
EBD – Lição 10 – Módulo IV – 13.MARÇO.2022
O Reino de Deus está entre nós
ESTUDO CRONOLÓGICO NOVO TESTAMENTO

Jesus continua sua missão em ensinar seus discípulos o caminho de uma vida piedosa mostrando que precisavam ter confiava no Deus que estava no controle de toda a situação, mesmo com Roma e os religiosos impondo desagradáveis condições ao povo. Após o milagre da ressurreição de Lázaro, os chefes dos sacerdotes e os fariseus, haviam declarado morte a Jesus. A vinda o reino de Deus deveria propiciar uma realidade diferente naqueles que pela fé estavam se aproximando de Deus. Mas ainda sim, muitos não acreditam nas palavras de Jesus e continuam questionando quando o Reino de Deus virá? A resposta para essa pergunta estudaremos nessa lição.

1. A cura de dez leprosos (Lc 17.11-19)

Durante seu retorno a Jerusalém, Jesus e seus discípulos passaram pela fronteira entre Samaria e Galileia, onde encontraram um grupo de leprosos que gritaram de longe, em voz alta por Seu nome. Entre esses leprosos estavam samaritanos e judeus, os quais estavam isolados da sociedade por conta de sua doença (para saber mais consulte Lv 13.45-46). Jesus os viu, se aproximou e disse: “Vão mostrar-se aos sacerdotes!”. Enquanto eles caminhavam cura se manifestou e estavam todos curados. Devemos atentar para o texto bíblico que menciona um fato importante (Lc 17.15-16). De todo o grupo, quando perceberam que haviam sido curados, apenas um homem voltou para agradecer a Jesus pelo milagre. Um homem samaritano e Jesus fez questão de enfatizar a nacionalidade deste que retornou para louvá-lo. Muitas vezes Deus manifesta o seu poder em nossas vidas e não damos o devido valor e agradecemos. Precisamos aprender a ser gratos por todas as coisas pequenas ou grandes que Deus nos dá a cada minuto de nossas vidas. A graça de Deus é para todos e não apenas para um grupo específico. Todos somos alvos da graça de Deus. Deus não faz distinção de cor, nacionalidade, condição financeira. Ele ama a todos nós da mesma forma e com a mesma intensidade.

2. A vinda do Reino de Deus (Lc 17.20-37)

Como lido no livro de Lucas 17.20-37, os fariseus perguntam a Jesus quando o Reino de deus viria. Essa pergunta feita pelos fariseus nos traz dois pensamentos: o primeiro é que eles esperavam pelo reino de Deus, aparentemente nos modelos dos reinos humanos já conhecidos da época, tal como o Império romano, por exemplo, tendo os judeus como mandantes, já que eram o povo eleito; e o segundo pensamento, é que eles questionavam se Jesus seria mesmo o rei que deveria vir. Alguns na verdade rejeitavam completamente a afirmação de Jesus de Nazaré ser o Cristo.

Jesus, responde aos fariseus usando uma afirmação bastante inusitada. Jesus diz “O reino de Deus está entre vocês” (Lc 17.21). Essa afirmação poderia ser entendida como uma constatação de que o reino está presente entre eles na pessoa de Jesus. A resposta de Jesus torna claro que o reino é diferente de quaisquer reinos com os quais os fariseus tinham conhecimento. Jesus ainda chama a atenção de seus discípulos, como quem quer demonstrar a importância daquela afirmação, "Chegará o tempo em que vocês desejarão ver um dos dias do Filho do homem, mas não verão. (Lc 17:22). Essa passagem ressalta a certeza do julgamento e a importância de estar preparado.

Alguns pensam que em anos posteriores os discípulos relembrarão e ansiarão por um dos dias durante os quais Jesus estava com eles. Pois não poderão mais aprender com Ele ou mesmo ouvir da palavra que Ele traz, pois a vinda do Filho do homem será de uma maneira muito diferente e para fins muito diferentes do que eles estavam imaginando. Seria impossível não vê-lo pois como um relâmpago, rápido, inesperado e destrutivo poderia ser visto por todos na terra.

Jesus lembra seus discípulos de várias passagens para demonstrar como as pessoas não se importavam em seguir os ensinamentos de Deus, pensando apenas em aproveitar ao máximo a vida terrena. Nos versículos 26 a 29 (Lc 17.26-29) é descrito novamente o que aconteceu nos dias de Noé e nos dias de Ló. Nesses dois momentos, o povo vivia suas vidas sem se preocupar em cuidar de sua fé, de buscar os ensinamentos e a palavra de Deus para suas vidas e para as vidas dos outros. E chama a atenção deles para o momento em que isso voltaria a acontecer. E hoje nós estamos nos preparando para esse momento?

            Os ouvintes de Jesus queriam saber onde tudo isto ocorreria, mas Ele não responde diretamente. Jesus faz alusão a um provérbio que apresenta a verdade de que é o cadáver que atrai os abutres. Então, onde houver pessoas, haverá o julgamento.

3. A parábola da viúva persistente ou do juiz iníquo (Lc 18.1-10)

Jesus, ao contar essa parábola, não está assemelhando Deus a um juiz injusto. A parábola, na verdade tem a função de mostrar o pensamento de o “quanto mais.”. Se um homem ímpio, às vezes, faz o bem, mesmo por motivos maus, quanto mais Deus. Este sempre fez e sempre fará o bem. Essa parábola também nos remete a necessidade de não esmorecermos em nossas orações achando que Jesus está demorando a voltar. Quando Jesus voltar é necessário estarmos firmes na caminhada cristã. Nossa fé precisa continuar inabalável. Porque muitos não acreditam de verdade nesse momento, por isso será difícil encontrar FÉ de verdade entre os humanos.

4. A parábola do fariseu e do publicano (Lc 18.9-14)

Se na parábola descrita acima, Jesus fala sobre oração, nessa, Jesus nos ensina o espírito com o qual as pessoas devem orar. É preciso entender que devemos orar com humildade.

Esses dois homens, o fariseu e o publicano, serviram para Jesus como uma importante ilustração de como devemos orar, confiar e principalmente, sermos humildes. Devemos buscar uma vida de humildade diante dos homens e de Deus, pois o pecador arrependido que procura a misericórdia de Deus, a encontrará.

Enquanto o fariseu foi ao templo para orar a Deus, anunciando o quão bom ele era comparado ao próximo; o publicano orava reconhecendo seu pecado e pedindo misericórdia por eles. Devemos fazer nossa oração como a do publicano porque necessitamos da misericórdia de Deus todos os dias. Não permita que o orgulho lhe impeça de reconhecer sua necessidade de Deus

CONCLUSÃO

A vida desconectada de Deus e seus princípios é uma condição que nos afasta cada vez mais do reino de Deus. Por isso, precisamos cada dia mais buscar em Deus sua misericórdia para conosco, assim como a instrumentalidade para lidarmos com os desafios de viver nesse sistema babilônico continuando firme no Senhor. Essa firmeza também deve nos levar a sermos testemunhas vivas do poder salvador de Cristo a muitos que perdidos se encontram nesse mundo.

Autores:

	:: Pr. Gilberto Martins
	:: Pb. Ivan Pisani
	:: César Luiz

Referências bibliográficas

- Bíblia Sagrada _ Nova Versão Internacional, 2ª. Edição: Geográfica, 2000.

- O evangelho de Lucas, Introdução e Comentário por Leon L. Morris, M. Sc., M.Th., Ph.D. 1a. Edição: Mundo Cristão, 1983.