"Leis Azuis", Já Ouviu Falar Delas?

Já ouviu falar alguma vez nas "Leis Azuis" ou “Blue Laws”* como são chamadas no Estados Unidos, Canadá e em alguns países da Europa?
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Se tivéssemos vivido na América do Norte em meados de 1619, seríamos todos considerados infratores e acabaríamos pagando multas e, até sendo presos, pela forma como utilizamos o domingo hoje.  Tudo por causa das "Leis Azuis".
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As leis azuis, também conhecidas como leis do domingo, leis dominicais, leis comerciais dominicais e leis de fechamento dominical, eram leis que restringiam ou proibiam certas atividades e restringiam a maioria das empresas de abrir aos domingos.
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As leis azuis além de proibirem certas atividades comerciais e recreativas aos domingos, também era imposto restrições à venda no varejo de bens e consumíveis, principalmente bebidas alcoólicas .
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As leis também limitavam uma série de outros empreendimentos, incluindo viagens, moda, caça, esportes profissionais, apresentações de palco, exibições de filmes e jogos de azar. 
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Embora menos prevalente hoje, as leis azuis continuam a ser aplicadas em partes dos Estados Unidos e Canadá bem como em países europeus, como Áustria, Alemanha, Noruega e Polônia, onde a maioria das lojas é obrigada a fechar aos domingos.
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Pois bem, eu não cresci na imposição de uma lei azul, mas cresci na prática de que o domingo era o dia da igreja e apenas alguns serviços essências funcionavam.
Ou você ia à igreja ou se escondia em casa para que ninguém soubesse que você não estava na igreja. Kkkk.
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A cultura era em grande parte pró-igreja e pró-cristã na época.  Sim, os tempos mudaram.  Mas não podemos culpar a cultura pelo baixo comprometimento em nossas igrejas.
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Agora domingo é um dia para quase tudo e qualquer coisa e, muitos pastores, como eu, muitas vezes ficamos frustrados porque alguns dos membros de nossas igrejas já perderam o senso do valor do domingo.  O dia do Senhor.
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Mas é preciso examinar a questão da maneira mais objetiva possível.  Quero considerar algumas coisas sobre o uso do domingo "pra tudo" e também "pra nada" nada por parte de alguns crentes, não querendo arranjar culpados ou desculpas, mas buscar entender, para encontrar caminhos para reverter.
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1- Primeira coisa a considerar é o fato de que muitos membros estão menos comprometidos com a igreja hoje.
O que encontramos de Atos 2 a Apocalipse 3 foi escrito para a igreja local, sobre a igreja local ou escrita no contexto da igreja local.
A igreja local é o PLANO A de Deus para Sua missão na terra até a volta de Jesus, e Ele não nos deu um plano B.
Infelizmente, cresce o número de membros de igreja que veem as celebrações de domingo apenas como outra atividade para escolher.
Às vezes, o sono vence a necessidade de congregar. Às vezes, tirar um dia de folga ganha.  Outras vezes o senso do valor não está mais governando a necessidade do membro.
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2. Outro fato a considerar é que As Igrejas Diminuíram as Expectativas de Compromisso nas últimas décadas.
Não é só que os membros estão menos comprometidos; as igrejas baixaram o nível das expectativas bíblicas sobre o que significa fazer parte do corpo de Cristo, do valro do domingo e da necessiade de congregar. É semelhante a uma cerimônia de casamento em que o noivo diz à noiva que a ama, mas que não planeja passar muito tempo com ela.
Aproveitando a analogia, em muitas igrejas, nem mesmo se espera que os membros passem tempo com a noiva de Cristo.
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3. Devemos considerar também que As Igrejas Enrijeceram Coisas que Podem Ser Adequadas À Realidade das pessoas.
Principalmente no que tange aos horários das celebrações e das atividades.   É tempo de avaliarmos oferecer outros horários de celebrações e escola bíblica.
As pessoas hoje trabalham em jornada maiores: por escala ou dias de folgas variados. E nesse mix, há compromissos espirituais e domésticos a serem realizados.
A pergunta é: estamos sendo muito rígidos com nossos próprios horários?
Fazer uma só celebração no domingo, não é pecado.  Fazer mais de uma celebração e permitir que cada um escolha um horário que melhor favorece, também não é pecado.  Mudar o horário da celebração, não é pecado.  O importante é que proporcionemos a todos o privilégio de celebrar no Dia do Senhor.
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4. Outro fator a considerar é O Novo Normal imposto pela pandemia.
Durante a pandemia dissemos para as pessoas que a casa deles era uma igreja.  E agora deixou de ser?
Claro que não, como também o fato de que aquela medida adotada tinha um prazo atrelado ao término da pandemia.  Todos sabiam disso.
Passamos a saber também que não é pecado assistir o culto de casa.  Porém diminuímos o cuidado para o fato de que "não devemos deixar de congregar como VIROU COSTUME de alguns" (Hebreus 10.25).
Sorrateiramente, Satanás usou nossa necessidade temporária para diminuir nossa atenção ao perigo da ausência da comunhão física.
Ficar em casa virou um HÁBITO perigoso para os adoradores.
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Depois de perder um hábito (Domingo é dia do Senhor), é difícil voltar.  Depois que ganha outro (Minha casa é uma igreja), é desconfortável voltar.
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5. Ligado ao fator anterior está o fato de que Se alguém não retornou até agora, é possível que nem retorne. 
Na maioria das áreas da vida, todos já voltaram às suas atividades.  Todos também já tiveram muito tempo para voltar para igreja presencial.  Devemos considerar o fato de alguns vão ter que ser re-discipulados.
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Sei que não vamos dissecar todo o assunto em um post, mas fica nítido que devemos trazer para as reflexões e discussões o valor do Dia do Senhor, o domingo.
Precisamos redescobrir o domingo como um tempo "especial" para Deus.  Não quero que que você vire um legalista, este também não é o caminho, mas que você entenda que há seis dias onde você deve dividir sua atenção com as demais coisas e o domingo é dedicado exclusivamente ao Senhor.
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Que Deus nos ajude, em um tempo sem tempo, entender que "há tempo para tudo" (Ec 3).

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Deus te abençoe!

Do seu pastor, :: Eliézer Abreu

*Fonte: https://en.wikipedia.org/wiki/Blue_law