O Poder de Uma Transmissão {insights Valiosos - Imagens - Cortes - Cenas}

Transmissão OnLine - Captação de Imagem

A tecnologia tem ajudado as igrejas em todo o mundo a alcançar um público maior do que nunca.
Entre outros benefícios das transmissões ao vivo da igreja, as pessoas podem seguir sua igreja e assistir aos cultos de domingo, mesmo que estejam fisicamente impossibilitadas de ir e os membros podem adorar de qualquer lugar do planeta quando estiverem em trânsito, ou doentes, ou impossibilitados por um motivo de força maior.
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As transmissões ao vivo da igreja podem ajudar essas pessoas a se sentirem mais conectadas à igreja, especialmente em momentos difíceis.
Há vários casos em que os membros afastados que assistem aos cultos online acabam voltando para a igreja.  Por conta da transmissão, eles percebem a necessidade de estar na igreja fisicamente e começam a frequentá-la novamente.
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Outro lado a ser analisado é que as transmissões ajudam a alcançar membros em potencial sem fazê-los sentir qualquer pressão para tomarem essa decisão. Algumas pessoas que podem se sentir intimidadas por ir à igreja podem se integrar gradativamente à comunidade por meio da transmissão.
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Tendo tudo isso vista, já parou para pensar na importância da transmissão? E mais ainda, pense no valor para Reino de um voluntário que trabalha na transmissão?
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Três coisas precisam cooperar para a qualidade de uma boa transmissão:


1. A dinâmica do Culto.  Desde da 1ª fala, a cada canção, apresentação, mensagem e últimas falas.
2. Captação do áudio.  Não adianta uma boa imagem, sem uma boa captação e mixagem do áudio.  No caso da transmissão, é falso o conceito:  "uma boa imagem fala mais que mil palavras".
3. Captação da Imagem.

É sobre isso que vou dar insights hoje.
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Dicas de como fazer boas tomadas e cortes de imagens para a transmissão:
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1. A transmissão é para atender ao público, não ao seu gosto.
É inevitável que você deixe sua "marca" no que faz, mas não permita usar o seu ministério para satisfazer sua vontade, você está aqui para servir quem está do outro lado da tela.
Pense da seguinte maneira: faria sentido um garçom trazer uma refeição diferente do que foi pedida, porque ele não gosta do que cliente pediu?
Você é o garçom, dê ao "cliente" o que ele pediu: "quero ter uma experiência com a celebração de hoje".
A transmissão atende à necessidade de envolver o público, não à sua necessidade de ser criativo.
Sim, você será criativo ao transmitir o culto, mas sempre com o objetivo de atender às necessidades do público, não à sua necessidade de autorrealização. Em outras palavras, se a transmissão se tornar uma distração para o público, nós matamos o propósito dela.
Uma boa regra a ser lembrada é: menos é mais.
Sim, você pode fazer cortes de cena, trocando de câmeras, a cada um segundo enquanto o ministro estiver parado no palco, por exemplo, mas essa 'criatividade dinâmica' vai acabar sendo uma experiência chocante e perturbadora pra quem está do outro lado.
Use sua criatividade, se realize, mas não mate a transmissão.
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2. Um passo à frente
Se você trabalha sozinho ou se você é diretor de transmissão - com uma equipe ao seu comando, você precisa pensar e experimentar a produção um passo à frente de todos as outras pessoas.
Você precisa antecipar o que vai acontecer.  Assim você poderá dar dicas aos operadores de câmera e cortar quando necessário.
Você precisa estar em dois lugares ao mesmo tempo: No presente e no futuro. Você precisa ver o que está acontecendo no palco agora e imaginar o que acontecerá a seguir.
Essa habilidade única permite que você observe todos os detalhes e saiba exatamente como executará o próximo corte de cena.
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3. Mantenha a proximidade
Na maioria das vezes, você quer uma imagem de joelhos ou cintura para cima, porque quanto mais perto você chegar do assunto, mais íntimo ele será para quem está assistindo.
O mais distante que você deve manter é um enquadramento de corpo inteiro, por um breve tempo.
Quanto mais zoom aberto pouco mais largo e você estará dando às pessoas a mesma perspectiva que elas teriam do assento, mas perderá de oferecer maiores detalhes de quem está se apresentando, essa deve ser uma temporária exceção a regra.
(Veja as regras de enquadramento ao final do post)
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4. Mostre a atmosfera do adoração
Embora devamos ter bons enquadramento, mostrando principalmente as expressão de quem está se comunicando, em momentos de grande alegria ou comoção, é de suma importância o expectador ver como a igreja está interagindo.
Então faça uma tomada em Zoom Out (do zoom fechado para o aberto) isso fará as pessoas verem os presentes participando da adoração.
Isso mostrará que a experiência presencial está sendo prazerosa, edificadora e transformadora.
Também despertará no expectador o desejo de viver aquela experiência presencialmente.
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5. Mantenha o movimento acontecendo
Imagens estáticas são chatas. Portanto, mantenha o movimento o máximo possível.
Tente ter suas câmeras constantemente se movendo, empurrando (Zoom Out), puxando (Zoom In), panoramizando o palco, inclinando ou fazendo algum outro tipo de movimento.
Uma dica para o movimento da câmera é iniciar o movimento antes de cortar a imagem e cortá-la novamente antes que o movimento termine.
Isso dará energia cinética (movimentação de cena) e tornará interativa a experiência de quem está do outro lado da tela.
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6. Push In (Zoom Aberto para o fechado) - Mover-se para um assunto aumenta a intimidade.
Você deve preferir sair do zoom aberto para o fechado para a pessoa sentir curiosidade para ver o que estar por vir, e gera também intimidade.
Uma exceção a esta regra seria no caso do item 4, principalmente quando a música vai aumentando a "tensão" (abrir o zoom)  "empurrando" as pessoas para o meio do publico, vai gerar uma energia participativa durante esse momento.
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7. Aproveite a batida da caixa da bateria para fazer os cortes.
Durante a música aproveite o tempo da música, o tempo do baterista quando ele bater na caixa.
A maioria das músicas são tocadas no compasso 4/4, que tem 4 tempos: 1 2 3 4.  Marque um tempo junto com a bateria e quando ele der uma batida na caixa você corta, e terminada a contagem do tempo 2 3 4, quando voltar ao 1, corte novamente; experimente isso, principalmente em músicas mais celebrativas, vai gerar naturalidade para a experiência do público.
Você pode também cortar junto com a frase que está sendo cantada ou falada, esperando até que o ministre termine a frase antes de passar para uma nova cena.
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8. Respeite o Andamento
Isso é bastante direto, músicas mais lentas exigem movimentos mais lentos e usam menos tomadas, músicas rápidas exigem movimentos mais rápidos e mais tomadas.
Para músicas rápidas, os cortes da câmera serão rápidos, o enquadramento será mais fixas.
Para músicas lentas, os cortes da câmera serão menos frequentes, o enquadramento será mais amplo, e as câmeras em movimento podem ser mais exploradas.
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9. Conheça a Música
Se familiarize com as músicas que são tocadas na igreja.  Tenha a lista de cânticos na mão. Isso ajudará você a saber onde estão as pausas instrumentais, os solos vocais e os destaques instrumentais (introdução, solo de guitarra, batida tribal da bateria, etc...), para que você corte nesse momento, para que quem esteja na transmissão, não fique vendo, por exemplo, o ministro parado na imagem e um solo de guitarra acontecendo no áudio.
Isso permite que você planeje suas cenas e o momento de transicioná-las.
Não faz sentido ter imagens rápidas e agitadas para uma música que é lenta e contemplativa porque sua transmissão se tornará uma distração, ou tomadas lentas e até atrasadas em músicas agitadas, gerará uma leitura de descuido e displicência por parte de quem está do outro lado da tela.
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10. Enfatize o líder do momento
Se for o dirigente foco nele, se for a pregação foco no pregador, se for momento de louvor, foque nele.
Enfatize o vocalista e o músico principal. Eles são o foco número um no palco porque estão liderando a música e a banda, e, consequentemente, liderando o público.
Fique atento ao fato de que o vocalista ou o músico que faz a introdução da música frequentemente muda de música para música.
Na transição de uma música para outra, abra o zoom de uma câmera e feche em direção ao quem vai fazer a introdução, ou fazer uma ministração espontânea.
De um modo geral, não deixe o público sem liderança.
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11. Presença de palco é de vital importante
Só porque um membro da equipe da banda está no palco não significa que eles tenham a mesma postura.
Se alguém está rígido e não está transmitindo nenhuma energia ou a energia que está transmitindo é estranha (rindo quando não deveria, fazendo gestos estranhos, disperso "trocando idea" ou sem noção realmente, rssss), não o coloque na tela.
Enfatize as pessoas estão demonstrando uma forte presença de palco.  Pessoas que transmitam energia.
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Concluindo: o objetivo de qualquer igreja é alcançar pessoas, compartilhar as boas novas e tocar vidas.
Ao transmitir ao vivo de cultos e outros eventos, podemos levar nosso ministério além das paredes físicas da igreja.
Mas que efeito terá uma transmissão quando ela não transmite com qualidade o que está acontecendo na celebração?
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Se você é voluntário nessa área, busque se aprimorar, faça tudo com esmero, mas lembre-se principalmente, o ministério de louvor e o pastor podem ter preparando as melhores músicas e o melhor sermão, mas se a pessoas que está do outro lado da tela vai receber a mensagem com qualidade, vai depender de você.
Em suma você toca, canta e prega em cada transmissão.
Busque a unção de Deus para isso. 
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“Assim, quer vocês comam, quer bebam, quer façam qualquer outra coisa, façam tudo para a glória de Deus” (1ª Co 10.31).

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Deus te abençoe!

Do seu pastor,
:: Eliézer Abreu

Viva - Ame - Sirva

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Conheça os principais planos de câmera (fonte https://hotmart.com/pt-br/blog/)

Enquadramento aberto, fechado, close-up, detalhe: esses nomes podem não ser tão populares, mas certamente você reconhecerá os efeitos que eles causam no público.    

As técnicas audiovisuais ajudam a transformar a mensagem na hora de gravar vídeos. Entre elas, o enquadramento é um dos mais importantes recursos da linguagem cinematográfica.

Os diferentes tipos de planos de câmera garantem efeitos específicos, como o de ambientação ou de choque no espectador.

Muitas vezes, também somos levados por diversos posicionamentos, de modo que a nossa resposta emocional é construída aos poucos. Por isso, saber usar as técnicas de enquadramento é um dos meios mais eficazes de conseguir realmente transmitir uma mensagem para o público, além do conteúdo explícito — como o roteiro de fala.

Neste texto, vamos conhecer justamente os planos de câmera mais utilizados para fazer vídeos e qual é a expressão de cada um em uma cena.

Tipos de planos de câmera

O enquadramento determina qual será o tamanho de objetos e pessoas em relação ao ambiente.

Escolher o posicionamento de câmera certo pode levar o público a ter sensações específicas. Esse é um dos aspectos que separa um vídeo profissional de um amador.

Em geral:

  • Planos mais abertos são descritivos, ajudam a ambientar e situar o espectador na história;
  • Planos mais fechados são expressivos e dramáticos, porque a proximidade ajuda a captar sentimentos e transmiti-los ao público.

Plano aberto (very long shot — P/G)

O plano aberto — também chamado de plano geral ou very long shot — é o que mostra uma visão panorâmica.

Normalmente, esse tipo de plano isola uma figura humana ou um objeto em uma paisagem ampla.

Sua principal função é a de ambientar o público, ou seja, mostrar o lugar que rodeia os personagens.

Por exemplo, a cena da série Star Trek: Discovery, em que duas silhuetas aparecem caminhando em um enorme terreno de areia.

Plano de câmera: Star-Trek-Discovery-very-long-shot

Outro exemplo é no filme O Iluminado, de 1980, uma das cenas mais icônicas é a visão de cima do labirinto invernal onde, mais tarde, ocorrerá uma perseguição. Ao aproximar a câmera, percebemos que há uma pessoa no centro.

Plano de câmera: The-Shining-very-long-shot

 

Plano médio (long shot — P/M)

Já o plano médio — ou long shot — é um pouco mais próximo do que o aberto, mas ainda mostra bastante do ambiente.

Ele serve para estabelecer uma relação temática entre o personagem e o espaço.

No exemplo abaixo, o protagonista está em pé olhano a imensidão do mar.

 

Plano americano (mid shot — P/A)

O chamado plano americano — ou mid shot (médio/moderado) — é um dos enquadramentos que já caminha para o campo das expressões.

Embora ainda mostre um pouco do ambiente, a câmera normalmente mostra os personagens dos joelhos para cima e não enfoca em temas.

Nesta cena do seriado Twin Peaks, por exemplo, temos um diálogo entre dois personagens que demonstra uma inter-relação de alento ou de cordialidade.

Plano de câmera: Twin-Peaks-Mid-plan

Em Cowboys & Aliens, também temos um exemplo de mid shot, com o foco mais próximo da silhueta do personagem.

Plano de câmera: Cowboys-Aliens-Mid-shot

 

Primeiro plano (close-up — P/P)

close-up é um clássico entre os planos de câmera.

Ele serve para dar foco aos sentimentos do personagem, com a câmera bastante próxima. Normalmente, ela se concentra na figura humana dos ombros para cima.

Dois exemplos são as cenas de O Regresso e de Full Metal Jack.

Na primeira, a expressão que a cena nos passa é de cansaço e tristeza.

Plano de câmera: O-Regresso-Close-up

Na segunda, o foco no rosto, o gesto com a mão e até mesmo o ângulo de baixo para cima transmite um efeito de autoritarismo ou opressão.

Plano de câmera: Full-Metal-Jack-Close-up

Primeiríssimo plano (big close-up — Pº/P)

Já no primeiríssimo plano, as lentes da câmera nos levam ainda mais fundo no sentimento do personagem.

O enquadre fecha o rosto na câmera, de modo que muito pouco ou nada no ambiente consiga ser visto.

A clássica cena do filme O Silêncio dos Inocentes é um exemplo. Nela, a narrativa nos faz ter medo do personagem principal, em especial por causa do enfoque em que ele aparece muito próximo, levemente superior e com os olhos incisivos no público.

Plano de câmera: Silence-of-the-lambs-Extra-close-up

Em Closer: Perto Demais também temos um exemplo de primeiríssimo plano. O close acentuado no rosto da personagem evidencia bastante a carga emocional.

Plano de câmera: Closer-Extra-close-up

 

Plano detalhe (extra big close-up — P/D)

Ainda mais próximo que o primeiríssimo plano, o detalhe serve para dar foco a algum objeto pequeno. Em geral, não se reconhece o ambiente ou mesmo o próprio objeto.

O objetivo é criar uma sensação de mistério e a surpresa posterior quando o enquadramento fica mais amplo, o que ajuda a prender a atenção do espectador.

Esse tipo de enquadre aparece no filme Requiem For a Dream, em que o foco nos olhos mostra as transformações na pupila depois do uso de substâncias químicas.

Plano de câmera: Requiem-for-a-dream-Extra-big-close-up

Outro exemplo está na série Breaking Bad, com a câmera focando em uma mosca sobre as lentes dos óculos.

Plano de câmera: Breaking-Bad-Extra-big-close-up

 

Como criar boas histórias com planos de câmera?

Como você viu, os planos de câmera fornecem os mais variados efeitos na cena.

Para quem trabalha com a produção de vídeos, entender o poder dos enquadramentos é importante para conseguir shots mais direcionados.

O posicionamento certo é capaz de contar a história de um jeito diferente e criar determinadas sensações e respostas emocionais no público.

 

 

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