Avaliando as motivações do coração

Aula 6 - CRESCIMENTO NO ESPÍRITO

Precisamos fazer a seguinte reflexão:
 
Por que as pessoas fazem o que fazem? Por que um homem arriscaria perder sua família por vinte minutos de prazer sexual? Por que ficamos tão irados no trânsito? Por que aquele casal é tão romântico e agora está em pé de briga? Por que uma pessoa fica tão áspera? Por que cobiçamos coisas que não são nossas? Por que ficamos tão vaidosos? Por que as pessoas fazem o que fazem?
 
A resposta mais simples é bíblica: é por causa do coração. Jesus em Marcos 7.14-23 diz que o que torna um homem impuro não é o alimento que ele come, mas aquilo que vem de dentro do coração. “Aquilo que vem de dentro é que contamina. Pois de dentro do coração da pessoa, vêm maus pensamentos, imoralidades sexual, roubo, homicídio, adultério, cobiça, perversidade, engano, paixões carnais, inveja, calúnia, orgulho e insensatez. Todas essas coisas desprezíveis vêm de dentro; são elas que os contaminam”.
 
Paul David Trip ao dizer: As questões mais profundas do conflito humano não são as questões de dor e sofrimento, mas as questões de adoração, porque o que governa nossos corações controlará a maneira pela qual reagimos tanto ao sofrimento quanto à benção.
Na vida discipular é preciso tratar questões profundas sobre o coração. Isso não é algo simples de se fazer. O discipulador deve cultivar uma vida de oração.
 
Confissões sobre as dores do coração não escutamos a todo o momento. Sempre que possível, pergunte a um discípulo sobre motivações e pensamentos sobre o ministério.
 
Faça a si mesmo as seguintes perguntas:
Se eu for elogiado pelas pessoas, eu serei completo?
Se eu tiver dinheiro e muita saúde, eu serei realizado?
Se eu tiver o carro do ano e status, eu serei absoluto?
Se me proporcionar prazer, então serei feliz?
Faça a si mesmo as seguintes perguntas: Por que eu quero isso? Qual será a minha reação se eu não conseguir o que quero? E se eu conseguir, mas me for tomado? Em resumo, qual é o proveito do meu desejo? Se ele me é negado, o que acontece no meu coração? Continuarei, apaixonadamente, a procurar conformidade com Cristo ou me cercarei de autopiedade, amargura, malevolência ou queixas (os quais, no fim das contas, são direcionados a Deus)? (C. J. Mahaney) eu serei completo?
Seu coração está sempre governado por alguém ou alguma coisa?
 
Na vida cristã é preciso pedir a Deus que Ele nos apresente as motivações do nosso coração. Muitas vezes entramos no piloto automático e não se fazemos a avaliação interna sobre o porquê de estarmos lutando algumas batalhas e correndo atrás de alguns objetivos.
Faça o teste do orgulho, egoísmo e inveja.
Veja como o discípulo em formação reage quando outra pessoa é chamada para a posição que ele esperava ou cargo que ele cobiçava.
Quando alguém é promovido e o discípulo em formação é esquecido.
Como ele reage alguém o alcança ou ultrapassa em dons e realizações.
Como ele reage depois de receber elogios sobre seus sermões.
 
“Tendo eles partido para Cafarnaum, estando ele em casa, interrogou os discípulos: De que é que discorríeis pelo caminho? Mas eles guardaram silêncio; porque, pelo caminho, haviam discutido entre si sobre quem era o maior. E ele, assentando-se, chamou os doze e lhes disse: Se alguém quer ser o primeiro, será o último e servo de todos. Trazendo uma criança, colocou-a no meio deles e, tomando-a nos braços, disse-lhes: Qualquer que receber uma criança, tal como esta, em meu nome, a mim me recebe; e qualquer que a mim me receber, não recebe a mim, mas ao que me enviou.”
- Marcos 9.33-37
 
O nosso papel é promover a missão que o Senhor nos confiou e não nos promover. Os discípulos estavam entendendo que Jesus estaria em um trono em Jerusalém e, então, talvez, eles poderiam ser ministros de Estado. O que eles imaginavam era: Vamos chegar ao poder agora! O texto diz que eles não responderam à pergunta de Jesus por que de alguma forma perceberam, pela postura de Jesus, que seus corações eram vaidosos e que não receberiam aprovação dele nesse tipo de conversa.
 
Os discípulos estavam na contramão do ensino de Cristo, eles estavam arraigados ao pensamento da sociedade da época, que nada evoluiu com o passar do tempo; somos pegos na mesma vaidade. Repare em Atos 1.6 o texto diz: Será nesse tempo que o Senhor vai governar sobre Israel. Eles persistiram em seu silêncio. Mas a mente deles estava ocupada com pensamentos na grandeza pessoal e não no reino messiânico.
 
Charles Mayall diz: Nascemos pensando que merecemos algo. Nascemos pensando que somos melhores do que os outros. Gostamos de estar pensando que estamos acima dos outros em qualquer projeção.
 
Não faça comparações, não critique, fique longe de competições com os outros servos no ministério e no trabalho. Há pessoas que desenfreadamente se acham maiores que as outras pessoas, seja no jeito de se vestir, agir, ou até falar. Sabe aquela pessoa que tem sempre um conselho, mas nunca aceita ser aconselhada? Sempre sabe mais, conhece mais; ninguém é bom o suficiente para aconselhá-la.
 
Isso é ALTIVEZ! Esse comportamento lembra uma frase de Ruben Alves:
 
“Nossa incapacidade de ouvir é a manifestação mais constante e sutil da nossa arrogância e vaidade. No fundo, somos os mais bonitos...”
 
No reino de Deus, ser grande é ser servo. Aqui está a essência e um dos mais preciosos princípios do Cristianismo. Jesus fala que devemos ser como uma criança, ou seja, humilde, dependente e transparente.
 
“Cada um cuide, não somente dos seus interesses, mas também dos interesses dos outros.” - Filipenses 2.4
 
Para alcançarmos a grandeza de uma vida relevante no Reino de Deus, precisamos servir.
 
“Seja a atitude de vocês a mesma de Cristo Jesus, que, embora sendo Deus, não considerou que o ser igual a Deus era algo a que devia apegar-se; mas esvaziou-se a si mesmo, vindo a ser servo, tornando-se semelhante aos homens. E, sendo encontrado em forma humana, humilhou-se a si mesmo e foi obediente até a morte, e morte de cruz!”
- Filipenses 2.5-8
 
“O coração humano é uma fábrica de ídolos”, escreveu Calvino. “Cada um de nós é, desde o ventre materno, experto em inventar ídolos”.
 
“Nada como o serviço para disciplinar os desejos desordenados da carne, e nada como servir no anonimato
para subjugar os desejos da carne. A carne choraminga contra o serviço, porém, contra o serviço feito no anonimato, ela apronta uma gritaria. Ela esperneia para obter honra e reconhecimento. Ela imagina meio sutis e religiosamente aceitáveis a fim de chamar à atenção o serviço prestado. Se ousadamente recusamos ceder a Esta luxúria da carne, nós a crucificamos. Toda vez que crucificamos a carne, nosso orgulho e nossa arrogância ela cai.  (Foster, 1998, p130)
 
Se ousadamente recusarmos e ceder a esta luxuria da carne, nós a crucificamos e toda vez que crucificarmos a carne o nosso orgulho e nossa arrogância, ela cai.
 
Todos os dias precisamos pedir a Deus para que o Senhor avalie as motivações do nosso coração. O Senhor é o único que pode sondar o que está dentro de você? Continue buscando ao Senhor!
 
 
Atividades de fixação
 
 
❶ Leia o texto, em Marcos 7:14-23 Jesus diz o que deixa impuro não é comer alimento, então o que nos deixa impuro?
 
❷ Na vida cristã pedimos a Deus que Ele nos apresente as motivações do coração, mas entramos no piloto automático e fazemos nossas
próprias avaliações, e com elas são guardados alguns objetivos que não são aceitos por Deus, você pode dizer quais são os 3 objetivos.
 
❸ O Senhor nos confiou a missão, e nós cristão devemos:
 
Marque a resposta correta. 
( ) promover a missão
( ) não promover a missão
 
❹ O que é Altivez, pela compreensão do texto?
 
❺ Precisamos para alcançar a grandiosidade e é um dos mais preciosos princípios do cristianismo, você sabe o que devemos ser e fazer para o reino?
 
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SOBRE O AUTOR

Pastor Felipe Freitas, Presidente da faculdade Uniatitude e pastor da Rede Laranja na Igreja Batista Atitude da Barra da Tijuca.

Mestre em Ministério na Grace School of Theology, Pós-graduado em História do Cristianismo e Pensamento Cristão pelo Seminário Batista do Sul do Brasil e Bacharel em Teologia pela Faculdade Teológica Sul-Americana.  Cursando licenciatura em História pela Unicesumar.

Autor dos livros: Um Caráter maior que o ministério e Lágrimas falam mais que Palavras.

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