O Retorno para Jerusalém • William Pessanha

Lição 13 • Módulo III • 23MAI2021
Publicado em 23/05/2021

A VIDA DE NOSSO SENHOR

EBD – Lição 13 – Módulo III – 16MAI2021

O RETORNO
de Jesus para jerusalém

ESTUDO CRONOLÓGICO NOVO TESTAMENTO

 

Estamos dando continuidade ao nosso estudo sobre o início do ministério de Jesus.

Nesse momento, Ele sai da região da Galileia rumo a Jerusalém, na Judeia para a celebração da segunda páscoa.

Jesus havia chamado os 4 primeiros discípulos, ensinado, libertado e curado pessoas com autoridade.

Iniciou-se também por causa da fama de Jesus alguns confrontos com os religiosos da época. Jesus retorna agora a grande Jerusalém. Quais eventos marcaram a estadia de Jesus na tão religiosa Jerusalém?

 

1. A cura do paralítico do tanque de Betesda (João 5.1-9)

Em Jerusalém havia um tanque de água com cinco entradas em volta chamado Betesda. Esse tanque era famoso por causa da crença que, de vez em quando, um anjo agitava as águas. Quando isso acontecia, a primeira pessoa que entrasse na água ficaria curada de qualquer problema físico que tivesse. Por causa desses milagres, muitas pessoas doentes e com deficiências físicas ficavam junto ao tanque, aguardando a oportunidade de serem curadas (João 5.2-4). Betesda, que significa "casa de misericórdia".

O homem paralítico: Há trinta e oito anos estava ali, junto ao poço, um homem paralitico já possivelmente conformado. Jesus conhecia a vida desse homem (ver João 2.23-24) e vendo-o deitado e sabendo que estava assim havia muito tempo, toma a iniciativa e perguntou-lhe: Queres ficar são? (João 5.6). A resposta mais óbvia seria: “Sim, quero ser curado!” Mas, /em vez disso, ele começou a apresentar desculpas! Havia passado tanto tempo nessa situação triste, sem ninguém lhe ajudar, que sua vontade se encontrava tão paralisada quanto seu corpo, ou seja, ele provavelmente já estava sem esperança de ser curado.

 

Após a resposta do paralitico, Jesus disse: “Levanta-te, toma o teu leito e anda”. Imediatamente o homem ficou são. (5.8-9).  O Senhor curou-o pelo poder de sua palavra, ordenando que o homem fizesse justamente aquilo que não podia e lhe dando, ao mesmo tempo, a capacidade de cumprir a ordem (ver Marcos 3.5; Hebreus 4.12). A cura foi imediata e, por certo, alguns da multidão ao redor do tanque testemunharam o ocorrido. O milagre foi operado no sábado. Isto constituiu, à vista dos principais dos judeus, uma profanação da lei mais rigorosa dos Judeus (não a própria Lei, mas sim a sua interpretação tradicional que proibia levar cargas de qualquer natureza no sábado): o homem curado não poderia carregar o seu leito no sábado. No tempo de Jesus, a lei Judaica proibia explicitamente o transporte de objetos no sábado, pois considerava o ato uma forma de trabalho.

Sendo o homem interrogado pelos líderes Judeus alegando que por ser sábado não podia carregar a maca, respondeu: “Aquele que me curou, esse mesmo me disse: Toma o teu leito e anda” (5.11). Preferiu obedecer a Jesus, reconhecendo a sua autoridade. (5.10-16). No verso 15 após o encontro com Jesus no templo o homem conta que fora Jesus que o curou, por isso os judeus perseguiram a Jesus, porque fazia estas coisas no sábado.

Assim é a autoridade que devemos reconhecer em Jesus e obedecê-Lo. Só Ele pode determinar o que é bom para todos nós, depois que dissermos para Ele o que queremos, como o homem disse com todo o seu coração. E então ouvir o que nos diz: “Olha, já estás curado; não peques mais, para que não te suceda coisa pior”. (5.14)

 

2. O discurso sobre a vida eterna e o Pai (João 5.19-47)

Após o episódio anterior, os Judeus passaram a perseguir Jesus, isso por que ele estava fazendo essas coisas no sábado. Em relação a essa questão, Jesus declarou que seu Pai (Deus) continua trabalhando até hoje, e de igual modo, Jesus também assim estava fazendo. Percebemos aqui um fato muito interessante: Jesus trabalha em conjunto com o Pai. Jesus não faz meramente a sua vontade, mas a vontade de Deus.

O discurso relatado nesse bloco trata da autoridade de Jesus em todos os sentidos e apresenta uma relação especial que ele tinha com o Pai.

 

Prosseguindo, vemos que depois desta resposta de Jesus, os judeus queriam ainda mais matá-lo, pois mais que violar o sábado, Jesus estava dizendo que Deus era seu próprio Pai, igualando-se assim a Deus.

A resposta para tal questionamento é a seguinte: os Judeus estudavam as Escrituras, pois pensavam que isso por si só os salvaria. Eles, porém, liam a Palavra com os olhos espiritualmente cegos.

 

Eles rejeitaram a Palavra (v.38), não vieram a ele (v.40), não amaram a Deus (v.42), não o receberam (v.43), buscaram a glória dos homens, não a que vem de Deus (v.44), e não escutaram sua Palavra (v.47). Portanto, não é de se espantar que não conseguissem crer e ser salvos! 

 

Como resultado de sua unidade com Deus, Jesus vivia como Deus desejava que vivesse. Devido a nossa identificação com o Jesus, devemos honrá-lo e viver como Ele deseja que vivamos. As perguntas "O que faria Jesus?" e "O que desejaria Jesus que fizesse?" talvez nos ajudem a tomar decisões corretas.

 

Jesus estava ali para romper com a religiosidade daqueles mestres da lei, Ele não estava preocupado com o que eles iriam pensar, mas sim em fazer a vontade de Deus e glorificar o Pai. Para demonstrar a realidade do relacionamento entre os dois, maiores obras do que estas (a cura do aleijado e sinais semelhantes) serão realizadas.

 

Neste bloco Jesus apresenta algo tremendo sobre a eternidade. Não há vida eterna com Deus fora de Jesus.

 

3. Os discípulos colhem espigas no sábado e a oposição dos fariseus (Mateus 12.1-8; Marcos 2.23-28; Lucas 6.1-4)

A tradição judaica havia criado tantas exigências e restrições para guardar o sábado, que o fardo se tornou insuportável. Por essa razão, os fariseus ao verem os discípulos de Jesus colhendo e comendo espigas nas searas em dia de sábado, advertiram a Jesus: “Olha, os teus discípulos estão fazendo o que não é permitido no sábado”.

Esse ocorrido foi uma oportunidade para Jesus ensinar que os discípulos não estavam fazendo algo proibido (Marcos 2.23-24). A prática de colher espigas nas searas para comer estava em conformidade com a lei de Moisés (Deuteronômio 23.24-25). Mas os escribas e fariseus estavam escondendo a verdadeira lei de Deus debaixo da montanha de tradições tolas que eles tinham criado.

Obs.: É importante enfatizar que o zelo deles não era pela Palavra de Deus, mas pelas tradições dos homens. Eles tinham acrescentado à lei 39 regras sobre a maneira de guardar o sábado, tornando a sua observância um fator de escravidão e opressão.

Jesus os convida a pensar na figura do sacerdote trabalhando no templo aos sábados (Mt12.5).

Para fechar a questão Jesus afirma que: o Filho do homem é Senhor do sábado. Ao se declarar Senhor do sábado”, Jesus estava na verdade afirmando que era igual a Deus, pois foi Deus quem estabeleceu o sábado (Gênesis 2.1-3).

 

4. A cura do homem com a mão atrofiada (Mateus 12.9-14; Marcos 3.1-6; Lucas 6.6-11)

A questão do sábado volta a ser objetivo de confronto com Jesus. A pergunta se era permitido curar no sábado tinha como proposta matar Jesus.

Jesus argumenta que, se uma pessoa poderia cuidar de seus animais no sábado, o que nos impede de cuidar do homem, criado a imagem de Deus? Os fariseus socorriam uma ovelha, mas não um homem. Eles tinham mais compaixão de uma ovelha do que de um homem.

Vemos mais a frente que Jesus se retirou daquele lugar, essa sua atitude de “afastamento” foi com o intuito de evitar o conflito direto com seus inimigos para que pudesse cumprir o que tinha para fazer. A partir dali os fariseus começaram a perseguir a Jesus e a orquestrar com os herodianos a sua morte.

 

Conclusão

Portanto, vimos perfeitamente que para os fariseus a religião era um ritual que consistia em obedecer a certas leis e normas; para Jesus, era servir a Deus e ao próximo.

 


Autores:

 

:: Pr. Gilberto Martins

 


:: Pb. Ivan Pisani


 

:: Nickolas Marciel

 


 

 

 

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