Cuidando das Necessidades da Alma • Pedro Araújo

A VIDA DE NOSSO SENHOR

EBD – Lição 21 – Módulo III – 18.JUlHO.2021

A SEGUNDA VIAGEM (PARTE 1)

Cuidando das Necessidades e da Alma

ESTUDO CRONOLÓGICO NOVO TESTAMENTO

Após concluir o Sermão do Monte e estruturar as bases do Reino de Deus, Jesus prossegue em seu ministério curando muitas pessoas e anunciando a mensagem do evangelho

1. A cura do servo do centurião (Mateus 8.5-10; Lc 7.1-10)

a) Quem era um centurião?

O centurião na hierarquia militar romana era o sexto na cadeia de comando numa legião.

Era o oficial responsável por comandar uma centúria,uma unidade militar que era formada por um grupo de 60 a 100 (cem) soldados, dando ordens que deveriam ser prontamente obedecidas pelos homens que liderava, também se encarregava da disciplina e instrução da legião. 

b) O que podemos aprender com o centurião?

Observe-se sua humildade.

As almas humildes se fazem mais humildes pela graça de Cristo no trato com eles.

Observe-se sua grande fé.

Enquanto menos os confiemos em nós mesmos, mais forte será nossa confiança em Cristo.

Aqui o centurião lhe reconhece o mando com poder divino e pleno sobre todas as criaturas e poderes da natureza, como um amo sobre seus servos. Este tipo de servos devemos ser todos para Deus; devemos ir e vir, conforme com os mandados de Sua palavra e com as disposições de sua providência.

Mas quando o Filho do Homem vem, encontra pouca fé, portanto, acha pouco fruto. Uma profissão externa faz que sejamos chamados filhos do reino, porém se descarnarmos nisso e nada mais podemos mostrar, seremos rejeitados.

O servo obteve a sanidade de sua doença e o amo obteve a aprovação de sua fé. O que foi dito a ele, se diz a todos: Crê, e receberás; somente crê. Veja o poder de Cristo e o poder da fé. A cura de nossas almas é, logo, o efeito e a prova de nosso interesse no sangue de Cristo.

2. Ressurreição do filho da viúva de Naim (Lc 7.11-17)

a) O encontro de duas multidões

           Uma multidão que seguia Jesus (v.11)

           Uma multidão que estava no enterro (v.12)

b) Jesus se compadece da mãe que estava sofrendo com a morte do filho.

A ressurreição do filho da viúva de Naim é registrado somente em Lucas (11-17). Naim ficava a cerca de quarenta e cinco quilômetros de Cafarnaum, fora, na planície na parte sulina da Galiléia. O estado desolador da viúva, a qual havia perdido o seu único filho, tocou a compaixão de Jesus. Parou Ele a procissão fúnebre, chamou novamente à vida aquele jovem e restabeleceu-o, devolvendo-o à sua mãe. O milagre deixou o povo atônito e a fama de Jesus foi espalhada ainda mais. O Senhor (13). Parece que Lucas usa esse título propositadamente aqui: o Senhor da vida vai ao encontro da morte.

3. Jesus discorre sobre vários assuntos.

a) Elogio a João Batista (Mt 11.2-10; Lc 7.18-27)

Um caniço agitado pelo vento. Uma pessoa inconstante. A intenção óbvia de Cristo era negar que João fosse assim e por isso ninguém devia conferir falta de fé à pergunta apresentada por João.

Que se vestem com roupas finas. Embora um guarda-roupa suntuoso fosse esperado em um emissário político, as bem conhecidas vestes proféticas de João (3:4) indicavam a sua missão espiritual.

Muito mais que profeta. Além de ser o último porta-voz inspirado do V.T., era também o precursor previsto para o Messias (Ml. 3:1), especialmente escolhido para apresentar o Messias a Israel.

b) A maldade é condenada (Mt 11.16-19; Lc 7.31-35)

João Batista vai confrontar a geração do seu tempo com a mensagem de chamada ao arrependimento.

Ver Mt 3.1-8

“Naqueles dias surgiu João Batista, pregando no deserto da Judéia.
Ele dizia: "Arrependam-se, porque o Reino dos céus está próximo".
Este é aquele que foi anunciado pelo profeta Isaías: "Voz do que clama no deserto: ‘Preparem o caminho para o Senhor, façam veredas retas para ele’ ".
As roupas de João eram feitas de pêlos de camelo, e ele usava um cinto de couro na cintura. O seu alimento era gafanhotos e mel silvestre.
A ele vinha gente de Jerusalém, de toda a Judéia e de toda a região ao redor do Jordão.
Confessando os seus pecados, eram batizados por ele no rio Jordão.
Quando viu que muitos fariseus e saduceus vinham para onde ele estava batizando, disse-lhes: "Raça de víboras! Quem lhes deu a idéia de fugir da ira que se aproxima?
Dêem fruto que mostre o arrependimento!”

c) Cidades condenadas (Mt 11.20-24)

Corazim, Betsaida, Cafarnaum.

Ele menciona Cafarnaum separadamente e por último, porque, sendo o lugar de sua residência habitual, ele foi abençoado com mais de seus sermões e milagres do que qualquer outra cidade. Não obstante, abundava em toda a espécie de maldade e, portanto, comparava-a àquela cidade que, devido à grandeza de seus crimes, fora o exemplo mais terrível do desagrado divino que o mundo sempre vira. Será mais tolerável para a terra de Sodoma,& c. - Ou seja, a condição dos habitantes até mesmo da terra de Sodoma, no dia do julgamento final, será mais tolerável do que a sua condição.

d) Convite ao descanso em Cristo (Mateus 11.25-30)

A mensagem de João a respeito de Cristo, abria caminho para o homem sofrido experimentar um alívio interno (paz), além de uma certeza de eternidade com Cristo.

“Vinde a mim, todos os que estais cansados e oprimidos, e eu vos aliviarei.
Tomai sobre vós o meu jugo, e aprendei de mim, que sou manso e humilde de coração; e encontrareis descanso para as vossas almas.
Porque o meu jugo é suave e o meu fardo é leve.” Mateus 11.28-30.

CONCLUSÃO

Diante de todos estes acontecimentos registrados e maravilhas operadas por Jesus, fato notório é que Cristo se compadece das necessidades das pessoas, ministrando tanto a cura física, como também anunciando a mensagem o Reino, Desta forma todos os que se achegam a ele encontram, em Deus, descanso verdadeiro e pleno para suas almas.

Autores:

	:: Pr. Gilberto Martins
	:: Pb. Ivan Pisani
	:: Pedro Araújo