Atitudes: Terrenas x do Reino • Leandro Rangel

Lição 33 - Módulo III - 10OUT2021
Publicado em 10/10/2021

A VIDA DE NOSSO SENHOR (parte 1)
EBD – Lição 33– Módulo III – 10.OUTUBRO.2021
Estudo Cronlógico da Bíblia
Atitudes: Terrenas x do Reino  

Podemos acompanhar que ao longo do discipulado de Jesus cada cena tem um caráter pedagógico. Não poucas vezes Jesus está “puxando a orelha” dos discípulos quanto aos princípios do Reino. Eu sei, como você, que a grande maioria das pessoas não gosta de ser chamada a atenção, mas são esses momentos que nos permitem corrigir rumos.

Se pensarmos quando a missão que esses homens teriam pela frente, não podia ficar dúvidas quanto ao chamado, preparação e envio. Cada detalhe era importantíssimo, por isso vamos tratar nesta lição que situações ocorridas que para muitos são constrangedoras, principalmente as que falam de dinheiro e poder.
Alguém já disse certa vez: quer conhecer alguém de poder e/ou dinheiro.

1. Jesus paga imposto (Mt 17.24-27)
- 21 das 49 parábolas de Jesus estão relacionadas ao dinheiro;
- Cerca de 20% do sermão do monte (capítulos 5, 6 e 7 do livro de Mateus) menciona assuntos financeiros;
- Jesus falou sobre dinheiro cerca de 80 vezes.
Impostos Para a Manutenção do Santuário. 

Os serviços do santuário eram mantidos por meio de impostos. O dízimo obrigatório era a principal fonte para a manutenção dos sacerdotes arônicos e dos levitas, e, pelo menos numa ocasião, eles receberam uma parte dos despojos de guerra, segundo uma taxa estipulada por Deus. (Nm 18.26-29; 31.26-47;) 

Deus também instruiu a Moisés que, depois de um recenseamento, cada pessoa registrada pagasse meio siclo (US$ 1,10) como “contribuição pertencente a Deus”, contribuição esta em benefício da tenda de reunião. (Êx 30.12-16) Parece que se tornara costumeiro os judeus darem uma soma fixa a cada ano, embora não se fizesse anualmente um censo. Jeoás, por exemplo, invocou o “imposto sagrado ordenado . . . por Moisés”. (2Cr 24.6, 9)

Os judeus da época de Neemias obrigaram-se a pagar anualmente um terço de um siclo (c. 75 centavos de dólar) para o serviço do templo. — Ne 10.32.

Na época do ministério terrestre de Jesus, os judeus pagavam duas dracmas para o templo. Quando se perguntou a Pedro se Jesus obedecia tal tributação, ele respondeu na afirmativa.

Mais tarde, ao tratar do assunto, Jesus indicou que os reis não cobram impostos de seus filhos, os filhos sendo parte da casa real, em favor da qual se coletam impostos. No entanto, embora fosse o Filho unigênito Daquele que era adorado no templo, Jesus, para evitar dar motivos para outros tropeçarem, cuidou de que o imposto fosse pago. — Mt 17.24-27.

É totalmente improvável achar uma moeda de valor suficiente para pagar um imposto para duas pessoas de dentro de um peixe fisgado com anzol.

Mas para Deus tudo é possível, e também tudo é possível ao que crer. Pois foi esta a instrução de Jesus a Pedro, depois que os cobradores de impostos de Cafarnaum vieram lhe cobrar. Mas Jesus providenciou milagrosamente um estáter, que valia quatro drácmas, ou seja, pagou o dobro do imposto previsto por lei.

Dirigiram-se a Pedro
Como de costume, Pedro respondeu uma pergunta sem saber seriamente a resposta, pondo a Jesus e aos discípulos em uma situação incômoda. Jesus usou esta experiência, entretanto, para enfatizar seu direito exclusivo de soberania.

Assim como os reis não pagam impostos nem cobram impostos de suas famílias, Jesus, o Rei, não devia nada. Mas Jesus proveu para o pagamento dos impostos em favor dele e de Pedro para não escandalizar aos que não entendiam seu reino.

Cristo lhe mostrou onde obter o dinheiro, mas Pedro teve que ir buscá-lo. Entendemos que tudo vem de Deus, mas Ele quer que participemos do processo. O dinheiro só nos deve chegar por via do trabalho.

Como povo de Deus, somos estrangeiros na terra porque nossa fidelidade é sempre a nosso Rei soberano o Senhor Jesus. Entretanto, temos que cooperar com as autoridades e a cidadania responsável.

Um embaixador ao estar em outro país respeita as leis locais a fim de representar bem ao que o enviou. Somos embaixadores de Cristo (2Co 5.20).
Somos um bom embaixador dele neste mundo?

Concluímos então: como Jesus se antecipou a Pedro, Deus conhece os nossos problemas, as nossas dificuldades, e se antecipa em preparar a solução antes de começarmos a pensar em como solucionar.

Deus tem as respostas certas, o controle das situações. Deus enxerga longe, tudo vê, tudo percebe.
Não se desespere, confie em Deus, e Ele fará tudo o que for necessário para solucionar os seus problemas.

Devemos lançar o anzol sob a ordem do Senhor: não adianta nada conhecermos, na palavra de Deus, o que devemos fazer como cidadãos do Reino do Senhor, como: deixar um pecado que praticamos, ler e orar mais, participar dos cultos e vigílias da igreja, estarmos em comunhão com os irmãos, e nada disso fazermos.

Precisamos lançar o anzol, correr atrás de uma vida santificada, pura, longe do pecado.
Acharás um estáter (um estáter = 4 drácmas) (a dívida era 2 drácmas)

É a provisão de Deus. Ela é mais que suficiente para nossas vidas. Ela supre todas as nossas necessidades. Deus nos traz a provisão que necessitamos para viver. Creia nele!!


Discurso sobre o maior no reino dos céus. (humildade e o perdão)

2. Contenda sobre o maior no reino dos céus (Mt 18.1-5) (Mc 9.33-37) (Lc 9.46-48)
No lugar de ficarem discutindo quem seria o maior no reino dos céus eles deveriam estar preocupados em entrar no reino.

Quem é porventura o maior? Os antecedentes desta pergunta encontram-se na disputa entre os discípulos enquanto viajavam (Mc 9.33; Lc 9.46). Nos textos paralelos de Marcos 9.33-37 e Lucas 9.46-48 percebemos que os discípulos estavam discutindo quem, dentre eles, era o maior no reino dos céus. 

Jesus coloca uma criança no meio deles e diz "se não vos converterdes e não vos tornardes como crianças, de modo algum entrareis no reino dos céus" (v. 3). Aqueles 12 homens que se achavam grandes, foram exortados pelo seu Senhor a se arrependerem de seu orgulho.

Reparem nas palavras do texto: "se não vos CONVERTERDES e não vos TORNARDES como crianças". E o que seria, afinal, ser como criança? Jesus estava se referindo à atitude de dependência e fraqueza delas. As crianças se entregam aos braços de seus pais porque sabem que nada podem sozinhas. Sabem de sua debilidade e total dependência. E era dessa forma que Cristo ensina seus discípulos a se comportarem: em humildade e total suficiência em seu Mestre, O SENHOR JESUS.

Champlin: “A criança, antes de ser atingida pelo orgulho, pela maldade, pela ostentação e pela ambição pessoal mundana, é dotada de um espírito humilde e de uma fé simples. Apesar de ser um ser fraco e indefeso, simboliza com propriedade o povo simples que usualmente recebe a mensagem do evangelho sem oferecer resistência, no que contrasta com os de nobre nascimento, instruídos e sábios aos próprios olhos, que geralmente buscam justificativas para não levar a sério as declarações e advertências de Jesus” (Champlin, p. 462).

No versículo 4, humilhar ter humildade está colocado em contraposição a ensoberbecer-se ter soberba. “A soberba cria o egoísmo; a humildade desenvolve o altruísmo” (Champlin, p. 462). A maior pessoa no reino dos céus é aquela que cultiva a humildade, que sabe não ser melhor do que ninguém, mas integrante da sociedade e responsável por ela.

No versículo 5, Jesus afirma que “quem receber uma criança, tal como esta, em meu nome, a mim me recebe”. Sem dúvida, é uma valorização das crianças e um modo de demonstrar o amor que Deus/Jesus tem por elas. Ao receber uma criança, estamos recebendo Jesus.

Percebam que a primeira bem-aventurança descrita no início do sermão do monte é: "Bem-aventurados os humildes [ou pobres] de espírito, porque deles é o reino dos céus". (Mt 5.3). Jesus não diz que o reino dos céus é para os grandes e poderosos. Para os fortes e autossuficientes, mas para os humildes e pobres de espírito. Para aqueles que não têm nada a oferecer ao seu Senhor senão tristeza profunda pelos seus pecados!

Jesus enfrenta a tendência humana de associar a autoridade (Mt 10.1) com um exercício de domínio sobre os outros. O domínio ou autoridade na vida do Reino que Deus quer estabelecer em nós visa gerar uma vida vitoriosa e produtiva e destronar os poderes infernais, e não ganhar controle sobre os outros ou garantir nossos próprios interesses. Seu chamado para humildade como a de uma criança e coração servil (João 13.1-17) estabelece o espírito e estilo através do qual a autoridade do crente deve ser exercida como agente do poder do Reino de Deus (ver Mateus 19.14; Marcos 10.14-15; Lucas 18.16-17).


3. João é repreendido por sua precipitação (Mt 18.6-14; Mc 9.38-50; Lc 9.49-50)
9.38 Mais preocupados com a posição em seu grupo que por liberar aos atormentados pelos demônios, os discípulos sentiram ciúmes de um homem que sanava no nome do Jesus. 
Hoje em dia, muitas vezes fazemos o mesmo ao não participar de causas dignas porque: (1) não são membros de nossa denominação, (2) não se relacionam com a classe de gente com a que nos sentiríamos bem, (3) não fazem as coisas como nós as faríamos, (4) nossos esforços não recebem suficiente reconhecimento. A boa teologia é importante, mas isso nunca será desculpa para evitar ajudar aos que padecem necessidade.

9.40 Jesus não diz que ser indiferente ou neutro em relação ao é tão bom como nos entregar ao. Como o explicou em Mt 12.30 : "que não é comigo, contra mim é". Não obstante, seus seguidores não se pareceriam nem pertenceriam ao mesmo grupo. 

A gente que está do mesmo lado que Jesus possui a mesma meta de edificar o Reino de Deus e não deveria permitir que suas diferenças interfiram em alcançar a meta. Jesus ensinou que gente muito diversa lhe seguiria e faria obras em seu nome. Todos os que têm fé em Cristo estão em condições de cooperar. A gente não tem que ser igual a nós para seguir ao Jesus.

9.41, 42 Lc 9.48 insígnia que nossa preocupação por outros é a medida de nossa grandeza. Aos olhos do Jesus, quem quer que receba a um menino recebe ao Jesus; dar um copo de água a alguém em necessidade é o mesmo que dar uma oferenda a Deus. 
Por contraste, causar machuco a outros ou não nos interessar em outros é pecado. É possível que descuidados e egoístas obtenham um grau de grandeza aos olhos do mundo, mas a grandeza permanente solo se mede pelas normas de Deus. O que usamos como medida de grandeza: realização pessoal ou serviço desinteressado?

9.42 Esta advertência contra causar machuco aos pequeninos na fé se aplica tanto ao que fazemos pessoalmente como professores e exemplos como ao que permitimos em nosso companheirismo cristão. Nossos pensamentos e ações devem motivá-los o amor (1 Corintios 13) e devemos ser cuidadosos quando de julgar a outros se trata (Mt 7.1-5; Romanos 14.1-15.4). Entretanto, temos o dever de enfrentar os pecados flagrantes na igreja (1Co 5.12-13).

9.43ss Jesus usou uma linguagem bastante forte para ilustrar a importância de tirar o pecado de nossas vidas. A disciplina que dói é necessária nos verdadeiros seguidores. Ceder a uma relação, trabalho ou hábito contrário à vontade de Deus pudesse ser tão doloroso como cortar uma mão. Nossa meta máxima, entretanto, vale todo sacrifício, Cristo é mais importante que qualquer perda. Nada deve interpor-se no caminho da fé. Devemos ser desumanos em remover o pecado de nossas vidas para evitar sofrer por toda a eternidade. Façamos nossa decisão de uma perspectiva eterna.

9.48, 49 Com estas estranhas palavras, Jesus quis assinalar as conseqüências sérias e eternas do pecado. Para os judeus, vermes e fogo representavam os dores internos e externos. O que seria pior?

9.50 Jesus usou o sal para ilustrar três qualidades que devem achar-se na vida de seu povo:
(1) Deveríamos recordar sempre a fidelidade de Deus; o sal se usava nos sacrifícios para recordar o pacto de Deus com seu povo (Lv 2.13).
(2) Deveríamos ser eficazes em amadurecer o mundo em que vivemos, assim como o sal o é em dar sabor à comida (veja-se Mt 5.13).
(3) Deveríamos neutralizar a moral decadente da sociedade, assim como o sal preserva os mantimentos da decomposição. Quando perdemos o desejo de "dar sabor" à terra com o amor e a mensagem de Deus, voltamo-nos imprestáveis para O.


CONCLUSÃO:
Nosso padrão em alguns casos está distante do que Jesus ensinou. Hoje vimos questões como: Tributo, Quem é Maior e até quem é contra e a favor do reino. Que possamos refletir sobre os ensinamentos do Senhor e coloca-los em prática esse é o desafio de cada um que faz parte do Reino de Deus. Sem deixar de anunciar as boas novas do evangelho.

 


Autores:

 

:: Pr. Gilberto Martins

 


:: Pb. Ivan Pisani

:: Leandro Rangel

 

 

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