Relacionamentos saudáveis • Pr. Gilberto Martins

Lição 34 - Módulo III - 17OUT2021
Publicado em 17/10/2021

A VIDA DE NOSSO SENHOR (parte 1)
EBD – Lição 34– Módulo III – 17.OUTUBRO.2021
Estudo Cronlógico da Bíblia
Relacionamentos Saudáveis  

 
Neste bloco que estaremos estudando, Jesus está tratando do convívio entre os irmãos em comunidade e os parâmetros do reino de Deus, pois algumas condições eram fundamentais para o bem estar da comunidade.

Os princípios do reino de Deus serão mais uma vez considerados visando sempre RELACIONAMENTOS SAUDÁVEIS!


1. Perdão e oração - Como tratar a ofensa de um irmão (Mt 18.15-20)
É interessante que quando olhamos para a oração que Jesus nos deixou como exemplo: chamada a oração do Pai nosso, podemos encontrar o perdão como um dos pontos principais da oração.

Mateus 6.12
“Perdoa as nossas dividas assim como perdoarmos aos nossos devedores.”

Também em uma das suas cartas João aborda também esse assunto (1ª Jo 5.14-16).


Instruções sobre o procedimento em relação aos ofensores  (vv15-20)

15. Além disso, se teu irmão - A palavra "irmão", aqui, evidentemente significa um colega professor de religião. Os cristãos são chamados irmãos porque pertencem à mesma família redimida, tendo um Pai comum - Deus; e porque estão unidos nos mesmos sentimentos, objetos e destino.
Vá e diga a ele sua culpa entre você e ele somente - Isso era exigido pela lei, Levítico 19.17 . No original, é "vá e repreenda-o". Peça uma explicação de sua conduta e, se ele cometeu um erro, administre uma repreensão amigável e fraterna. Isso deve ser feito sozinho.
"Não guardem ódio contra o seu irmão no coração; antes repreendam com franqueza o seu próximo para que, por causa dele, não sofram as conseqüências de um pecado.” (Lv 19.17)

16. Se houver necessidade de uma segunda visita, é preciso que diversas testemunhas estejam presentes à entrevista (veja Dt. 19.15). 

17. Dize-o à igreja. Quando o ofensor permanece impenitente (e o pecado é suficientemente grave para afetar a congregação), a igreja deve examinar o assunto. 

A igreja aqui não quer dizer sinagoga, à vista das prerrogativas mencionadas em 18.18,19. Uma igreja cristã está se formando, como indica a implícita ausência de Jesus (v20).

Se a igreja fracassar e o ofensor não atender o seu conselho, deve ser tratado como alguém de fora (gentio, publicano). É claro que tal tratamento deveria envolver esforços para alcançá-lo com o Evangelho.
A igreja pode aqui significar toda a assembléia de crentes, ou pode significar aqueles que estão autorizados a julgar tais casos - os representantes da igreja, ou aqueles que atuam em nome da igreja. Na sinagoga judaica havia uma bancada de anciãos a quem julgamentos desse tipo foram apresentados. Devia ser levado à igreja a fim de que ele fosse admoestado, suplicado e, se possível, reformado. Esta foi, e sempre será, a primeira tarefa em disciplinar um irmão ofensor.

Esse tratamento nos mostra a longanimidade de Deus.

18. Tudo o que ligardes na terra (conf. 16.19). 
A decisão da congregação em tais assuntos, tomada através de oração, da Palavra e do Espírito, será ratificada no céu. Veja também Jo. 20.23. 
“Se perdoarem os pecados de alguém, estarão perdoados; se não os perdoarem, não estarão perdoados". 

A promessa feita antes a Pedro agora se estende não apenas aos outros apóstolos, mas a toda a sociedade da qual eles eram representantes, e é, é claro, deve ser entendida como dependente na mesma condição implícita, embora não expressa. 

19-20. A promessa de que a oração será atendida se ao menos dois de vós concordarem fornece uma prova adicional de que as decisões tomadas através de oração pela congregação, nas questões de disciplina, serão divinamente aprovadas. Essa promessa relativa à oração de comum acordo deve ser considerada à luz de outros ensinamentos de Cristo sobre o assunto (conf. I Jo. 5.14). Ali estou eu no meio deles. Uma promessa da presença especial de Cristo na menor das congregações concebível. 


2. A parábola do servo impiedoso (Mt 18.21-35)

Instruções sobre o perdão (vv21-35)

21. Senhor, até quantas vezes? A explanação anterior referente aos ofensores implica no desejo do ofendido de perdoar. Pedro ficou imaginando até onde o perdão deveria ser estendido por repetidas ofensas. Até sete? Os rabinos ensinavam, nos tempos de Jesus, que uma pessoa poderia ser perdoada até três vezes. 

22. Jesus, entretanto, elevou a questão acima do reino da computação prática, exigindo setenta vezes sete. Em lugar de buscar um padrão numérico, o crente deve seguir o exemplo do seu Senhor (Cl. 3.13). 
Em suma, o preceito é ilimitado, e você nunca deve se cansar de perdoar seus irmãos, visto que você deve muito mais à misericórdia divina do que seus semelhantes podem estar ao seu.

23. A parábola do servo impiedoso ensina que os homens que experimentaram o perdão de Deus são obrigados a perdoar os outros. Este é o padrão do reino dos Céus. O rei oriental (interpretado como sendo o Pai Celestial; v. 35) é apresentado quando fazia um acerto de contas com os seus escravos. 

24. Um servo com acesso a grandes somas dos rendimentos do rei, foi descoberto estar devendo dez mil talentos. (O valor de um talento diferia em diversas ocasiões, de acordo com o metal envolvido, mas era sempre comparativamente alto.) 

25-27. Entretanto, prostrando-se diante do rei, obteve um cancelamento completo da divida (em grego, empréstimo); pela graça do rei não foi considerado um desfalque. 

28-30. Saindo da presença do rei, o servo perdoado foi acertar as contas com um dos seus conservos que lhe devia cem dinheiros (denarius, equivalente ao salário de um dia, 20.2), uma insignificantíssima quantia comparada aos talentos. 

31-33. Não devias tu, igualmente, compadecer-se? Certamente os pecadores que experimentaram o perdão de Deus devem demonstrar um espírito idêntico para com os outros, especialmente porque as ofensas que os homens cometem uns contra os outros são infinitamente menores quando comparadas coma enormidade do débito para com Deus. 
34,35. 

O entregou aos verdugos (torturadores). 
As palavras parecem deliberadamente vagas. Não ousamos dizer que os “algozes” são anjos vingadores, ou demônios, embora no inferno da poesia e da arte medievais estes últimos sejam quase exclusivamente representados como instrumentos de punição. Mais verdadeiramente, podemos ver neles os símbolos de quaisquer agentes que Deus emprega na obra da justa retribuição, as picadas do remorso, o flagelo da consciência, o desprezo e a reprovação dos homens, não excluindo, é claro, quaisquer elementos de sofrimento que estejam atrás do véu, na vida além do túmulo.


Jesus vai a Jerusalém

3. Rejeição ao conselho dos irmãos incrédulos - Jesus vai à festa das cabanas (Jo 7.1-9)

1. depois disso. Parece que a referência foi aos acontecimentos do último capítulo. Apesar do afastamento de tantos antigos discípulos, Jesus achou mais seguro permanecer na Galiléia do que voltar para a Judéia, onde havia hostilidade declarada. 

2. O período passado na Galiléia foi demarcado pela Páscoa e Festa dos Tabernáculos, um intervalo um pouquinho superior a seis meses. A julgar pelos Sinóticos, Jesus passou a maior parte desse tempo em lugares afastados dos caminhos, ensinando seus discípulos. 
A Festa dos Tabernáculos (Sucôt ou Cabanas)
Dentre as três grandes festas comandadas por Deus, a Festa dos Tabernáculos é a de  maior significado profético. É comemorado no décimo-quinto dia do mês de Tishri, duas semanas após Rosh Hashanah e, usualmente, cai final de Setembro ou princípio de Outubro.

3-9. Com a aproximação desta festa outonal, que atraía judeus de toda parte para as alegres festividades, os irmãos de Jesus acharam que a ocasião era uma oportunidade capital para ele estender sua influência. Seus discípulos na Judéia, talvez incluindo muitos galileus que se sentiram ofendidos e esfriaram em sua atitude, poderiam ser reconquistados vendo suas obras. 
Os irmãos eram uma miniatura da massa da nação, não duvidando da veracidade das obras, mas não crendo nele. Seu conselho era que, enquanto Jesus permanecia oculto, precisava ser conhecido pelo mundo. Substancialmente foi isso que Satanás tentou sugerir ao nosso Senhor na segunda tentação. O tempo de Jesus não tinha chegado ainda (em outra parte comumente chamado de "minha hora" – o tempo de sua manifestação na morte). 

Os irmãos não tinham tal direito espiritual de orientar seus movimentos. Eles não conheciam o ódio do mundo, pois faziam parte dele. De outro lado, Jesus, sendo a verdade, tinha de testificar contra o mal que há no mundo. Ele não podia ir a Jerusalém só para ganhar popularidade.

Se Ele fosse, seria para expor o pecado. Por enquanto não subo. A palavra ainda (ERC), está ausente em muitas fontes limpas, e foi provavelmente acrescentada por algum escriba para evitar contradição com o versículo 10. Jesus, com a sua recusa, quis dizer que não subiria nos termos sugeridos pelos seus irmãos. Iria na sua hora e à sua maneira, mas permaneceria na Galiléia por enquanto. 

 

CONCLUSÃO
Estivemos considerando ao longo do estudo, situações que normalmente experimentamos ao longo da vida e se agirmos como achamos certo, os resultados podem não ser satisfatórios. Por isso precisamos entender o que Deus está falando e ensinando com sua palavra revelada. Precisamos agir, tanto individual como coletivo, a partir do que a palavra de Deus nos diz que devemos fazer. Com certeza isso vai gerar relacionamentos saudáveis. Mesmo que no princípio não tenhamos muitos acordos, não devemos desistir de colocar a palavra de Deus em prática nos nossos relacionamentos.

 


Autores:

 

:: Pr. Gilberto Martins

 


:: Pb. Ivan Pisani


 

 

 

 

 

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