Jesus A Luz do Mundo • Nickolas Maciel

Lição 36 - Módulo III - 31OUT2021
Publicado em 31/10/2021

A VIDA DE NOSSO SENHOR
(Período 5 aC até 29 dC)
EBD – Lição 36 – Módulo III – 31.OUTUBRO.2021
JESUS A LUZ DO MUNDO
ESTUDO CRONOLÓGICO NOVO TESTAMENTO

 

Como vimos na última lição, Jesus estava ensinando no templo, quando foi interrompido pelos escribas e fariseus que traziam uma mulher apanhada em adultério. Depois que Jesus frustrou os planos dos acusadores da mulher e a despediu com a recomendação de que não pecasse mais, voltou a falar aos que estavam no templo.

Jesus, então, declarou algumas verdades profundas acerca de si próprio. Essas declarações geraram reações por parte de seus ouvintes, sejam boas ou ruins, e é exatamente isso que veremos nessa lição.


1. Discursos

A luz do mundo (Jo 8.12-30)

a) Uma afirmação gloriosa:
“Eu sou a luz do mundo.” (8.12a)
Jesus já havia se apresentado como o pão da vida para os famintos e a água viva para os sedentos. Agora, faz mais uma declaração solene: Eu sou a luz do mundo para aqueles que estão em trevas. Essa metáfora da luz está impregnada de alusões ao Antigo Testamento (possivelmente Jesus tinha isto em mente na ocasião), como por exemplo:

“Durante o dia o Senhor ia adiante deles, numa coluna de nuvem, para guiá-los no caminho, e de noite, numa coluna de fogo, para iluminá-los, e assim podiam caminhar de dia e de noite.” Ex 13.21

“O senhor é a minha luz e a minha salvação;” Sl 27.1

“A tua palavra é lâmpada que ilumina os meus passos e luz que clareia o meu caminho.” Sl 119.105

Dessa forma, Jesus, o Filho do Pai, personifica essa linguagem do Antigo Testamento.

Vale a pena ressaltar, que a luz e a água eram características da festa dos tabernáculos. A coluna de fogo que guiava o povo no deserto foi comemorada na festa pela cerimônia de acender-se quatro imensos candelabros, no Pátio das Mulheres. Naquele contexto, a cerimônia serviu perfeitamente para apresentar as reivindicações do Mestre.


b) Uma promessa bendita:
“Quem me segue, nunca andará em trevas, mas terá a luz da vida”. (8:12b)

A vida com Jesus é uma jornada na luz da verdade, na luz da santidade e na luz da mais completa felicidade. Portanto, necessitamos de sabedoria do céu para seguir o caminho na terra.

A pessoa que tem um guia seguro e um mapa correto chegará, sem dúvida, a seu destino sã e salva. Jesus Cristo é esse guia; ele é o único que possui o mapa da vida. Segui-lo significa transitar a salvo pela vida e depois entrar na glória.

c) Uma contestação infundada
“Os fariseus lhe disseram: “Você está testemunhando a respeito de si próprio. O seu testemunho não é válido!” (8.13) 
Os fariseus contestam a validade do testemunho de Jesus, que dá de si mesmo. Por não aceitarem a verdade de que Jesus é o enviado de Deus, que não fala por si mesmo, mas veio em nome do Pai, a fim de cumprir a vontade do Pai, eles contestam sua declaração, argumentando que o testemunho de si mesmo é desprovido de valor e não pode suster-se. 
“Pelo depoimento de duas ou três pessoas se estabelecerá o fato”. Este princípio é encontrado em Dt 17.6 e 19.15. 

d) Uma explicação incontestável:
“Na lei de vocês está escrito que o testemunho de dois homens é válido. Eu testemunho acerca de mim mesmo; a minha outra testemunha é o Pai, que me enviou”. (8.14 18)
Jesus refuta a falácia do argumento dos judeus, mostrando que seu testemunho era verdadeiro por causa de sua origem. Jesus sabe de onde vem e para onde vai. Ele veio do Pai e volta para o Pai.  Se Jesus vinha do Pai, se era um com o Pai e estava no mundo para fazer a vontade do Pai, não estava em desacordo com o ensino de Moisés acerca da necessidade de duas pessoas para validar um testemunho.

Logo, Jesus deixa claro que ele e o Pai estão em plena harmonia no testemunho que Jesus dá de si mesmo como a luz do mundo.

Em seguida, os judeus questionam Jesus, perguntando-lhe: “Onde está o seu pai?” (8:19)
Jesus responde que o problema é que eles não o conheciam nem a seu Pai, pois, se o conhecessem, também conheceriam seu Pai. Ninguém pode conhecer verdadeiramente Deus a não ser através de Jesus (1.18). Jesus veio para nos mostrar o Pai (14.8,9). Ele e o Pai são um (10.30).

A hostilidade a ele era tanta que João nos informa que Jesus não foi preso ali, porque ainda não havia chegado a sua hora (8.20).


A IMPORTÂNCIA SUPREMA DA PESSOA DE JESUS (8.21-30)
Em outra ocasião, Jesus volta a falar com os judeus e, nessa fala, revela a suprema importância de sua pessoa. 

Sem Jesus, o ser humano perece em seus pecados (8.21):

Jesus em breve morreria numa cruz, ressuscitaria dentre os mortos e voltaria para o céu. Mas os judeus obstinados em seus pecados pereceriam inevitavelmente, pois fechariam a porta da graça, recusando o enviado de Deus.

Sem fé em Jesus, o grande Eu sou, o ser humano está condenado a morrer em seus pecados (8.22-24):

Os judeus já haviam pensado que Jesus se retiraria para a dispersão dos gregos (7.35). Agora, chegam ao extremo de pensar que Jesus se referia a cometer suicídio (8.22). Jesus corrige esse pensamento às avessas dizendo aos judeus que a diferença entre eles é de origem.

Os judeus, bem como todos os seres humanos, são cá de baixo, terrenos, mas Jesus é de cima, do céu, vem de Deus. Por isso, rejeitar Jesus é fechar a única porta da salvação.

Não crer que ele é o Filho de Deus, a luz do mundo, é morrer em seus pecados. E morrer em pecado é a pior maneira de morrer, pois é não apenas morrer fisicamente, mas também ser banido eternamente da face de Deus para um lugar de trevas e ranger de dentes.

Jesus deixa claro que o homem precisa crer nele como o Eu sou. 

Jesus é o enviado de Deus (8.25-30):

Os judeus perguntaram a Jesus: Quem és tu? (8.25). Jesus responde, mostrando o que já lhes dissera outras vezes. Ele reafirma que o testemunho que dá de si mesmo é o mesmo testemunho daquele que o enviou, mas o judeus não conseguem compreender que Jesus está falando sobre o Pai. Jesus esclarece, então, que, quando for levantado, ou seja, crucificado pelos próprios judeus, então entenderão que ele de fato é o Eu sou, o enviado do Pai. Com essas palavras, muitos creram nele (8.30).


1.2 A liberdade oferecida por Jesus (Jo 8.31-36) 
Jesus, agora, se dirige aos que creram nele, aprofundando o entendimento das implicações da fé. Alguns pontos merecem destaque em seu discurso.
A exigência do discipulado (8.31): Um discípulo não é um crente superficial, mas alguém que permanece em Cristo.

A condição da liberdade (8.32):
Jesus agora se apresenta como a verdade. O conhecimento da verdade traz plena liberdade. 

A escravidão do pecado (8.33-35):
Quando Jesus falou sobre liberdade, os judeus deixaram claro sua arrogância espiritual, dizendo: “Somos descendentes de Abraão e nunca fomos escravos de ninguém; por que dizes: Sereis livres?” (8.33). 

Na realidade, tinham passado por períodos sucessivos de escravidão sob os babilônios, egípcios, persas, e naquele exato momento, romano. Jesus refuta a tola ideia deles dizendo que eram escravos, e escravos da pior espécie. Eles eram escravos do pecado. O pecado os dominava como um severo senhor de escravos. Eram subjugados e dominados pelo pecado (8.34).

Um escravo pode desfrutar dos privilégios da casa de seu senhor por um pouco de tempo, mas nunca para sempre. Ele pode ser expulso, dispensado ou vendido a qualquer momento, mas o filho, porém, sempre fica na casa.

Jesus é o verdadeiro libertador (8.36): Jesus arremata seu argumento apresentando-se mais uma vez aos judeus como o Filho de Deus e, agora, especialmente, como o único que pode libertá-los da escravidão do pecado.

Os filhos de Abraão (8.37-49)
Os judeus ainda insistem que Abraão é seu pai, o que leva Jesus a comparar as duas paternidade. As ações dos judeus revelam que praticam as obras de seu verdadeiro pai, as quais não correspondem à natureza de Abraão (39-40).

Jesus, como Filho de Deus, falava e fazia o que via no seu Pai; os judeus também estavam falando e fazendo o que viam em seu pai; mas, como os judeus queriam matá-lo e se recusavam a recebê-lo como o enviado de Deus, provavam que esse pai não era Abraão, mas sim o diabo.

Portanto, apenas ter o sangue de Abraão correndo nas veias não é o que os define como filhos de Abraão, e sim seguir o exemplo de Abraão e praticar as mesmas obras.

 

As evidências da divindade de jesus:

Agora os judeus estão plenamente convencidos de que Jesus está possesso de um demônio.

Interpretam literalmente as suas palavras não verá a morte (51). Porventura, é Jesus maior do que Abraão e os profetas? (52-53).

Jesus nega a acusação de autoglorificação e reafirma que seu único motivo é o de cumprir a vontade do pai. Os judeus perguntam se Jesus já viu Abraão, porque o Mestre ainda não tinha cinquenta anos (57).

A dramática resposta de Cristo contém a reivindicação empolgante de sua pré-existência: Antes que Abraão existisse, eu sou (58). Jesus se declara o eterno "eu sou".

Sua vida tem a característica divina de não ser sujeita ao tempo. Os judeus compreendem o sentido da sua afirmação: pré-existência absoluta significa igualdade com Deus. Isto, para eles, é blasfêmia, de sorte que pegam em pedras para matá-Lo, mas Jesus se esconde e sai do meio deles.

CONCLUSÃO
Jesus apresenta-se aqui como a luz do mundo, o libertador dos cativos, o Filho de Deus, que tem vida em si mesmo, o único que pode dar vida eterna.

Os judeus não conseguem compreender a fala de Jesus, pois não discernem sua natureza divina nem sua obra salvadora. Do alto de sua arrogância espiritual, consideram-se livres e seguros por ter o sangue de Abraão correndo em suas veias.

Jesus, porém, reduz a nada essa pretensa segurança dos judeus, mostrando a eles que, por quererem matá-lo, não praticavam as obras de Abraão; por isso, não eram filhos de Abraão, mas filhos do diabo, a quem imitavam em suas obras.

 


Autores:

:: Pr. Gilberto Martins


:: Pb. Ivan Pisani

:: Nickolas Maciel
   
   
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