Meu Próximo • Leandro Rangel

A VIDA DE NOSSO SENHOR
(PARTE 2)
EBD – Lição 02 – Módulo IV – 14.NOVEMBRO.2021
MEU PRÓXIMO
ESTUDO CRONOLÓGICO NOVO TESTAMENTO

Nesta lição veremos questões práticas sobre os ensinamentos do Senhor. Veremos que Ele não perdia a oportunidade seja no encontro com um doutor da lei, com as pessoas amigas ou com quem tinha deficiências. Podemos aprender em todas as ocasiões.
Jesus estava acessível a todas as classes sociais, etnias e gêneros. Só não saíam mudados aqueles que não se permitiam ser transformados. Descubra quem é o seu próximo, se coloque aos pés do Senhor e leve os perdidos a Ele.

• A parábola do bom samaritano (Lc 10.25-37)
Vamos a algumas informações que cercam essa parábola e que vão servir de apoio para uma melhor compreensão.

Primeira: Jerusalém ficava a 27Km de distante de Jericó;

Segunda: o texto diz no verso 30 “...Um homem descia de Jerusalém para Jericó...”, Então Jerusalém fica a 754 metros acima do nível do mar e Jericó 258 metros abaixo do nível do mar, então DESCIA;

Terceira: era um caminho montanhoso e fácil para salteadores atacarem, esse trajeto era conhecido como o “Caminho de Sangue”, devido aos perigos dos acidentes geográficos como também os assaltos.

Agora vamos à parábola.
Como se inicia essa parábola? Com uma pergunta de um perito da lei (NVI) ou doutor da lei (JFA) ou interprete da lei (JFA RA) Isso está registrado no verso 25: Mestre, o que preciso fazer para herdar a vida eterna? Em seguida, após a pergunta de Cristo sobre a lei, que ele responde corretamente sobre amar a Deus e ao próximo, (v26-28) o perito faz uma segunda pergunta (v29): “E, quem é o meu próximo”. A partir deste ponto Jesus conta a conhecida Parábola do Bom Samaritano.

Nela encontramos os seguintes personagens: Um sacerdote, um levita, um ferido e um samaritano. Temos também: os assaltantes e o dono da hospedaria, sem mais detalhes.
Os dois primeiros (sacerdote e levita) não atenderam às necessidades do próximo (o ferido, um verdadeiro necessitado). Percebam que eles estavam voltando de Jerusalém e, portanto indo para casa. Poderiam tocar no homem e auxiliá-lo, mas não fizeram nada com o homem ferido. (Alguns comentários dizem que talvez eles tenham acharam que o homem estivesse morto e não quiseram se contaminar tocando em cadáver).
Quem deveria auxiliar o necessitado? Mas pela mesma estrada veio o SAMARITANO, este reagiu de forma diferente dos outros dois (notem que são judeus). O samaritano tratou, resgatou, levou até um local seguro (hospedaria) e pagou suas despesas, ou seja, Dois Denários (O equivalente ao salário de dois dias).
Ele estava pagando as despesas de um completo estranho, só por causa de sua boa vontade. (v35)

Então quem foi o próximo de quem? Quem é o próximo?
Aquele que está precisando de seu auxilio, da sua ajuda, este é o seu PRÓXIMO. Sem escolher a quem, sem olhar, apenas ir até ao próximo. E o perito da lei (um judeu) tinha uma missão depois desse encontro com Jesus de ser igual ao samaritano, detalhe, era “seu inimigo”. Amar quem você não gosta (até mesmo seu inimigo), “Amarás ao teu próximo como a ti mesmo”. Que desafio para esse perito da lei de Moisés!

• Visita a Marta e Maria (Lc 10.38-42)
Vale lembrar que Betânia era o povoado (aldeia) natal dos irmãos: Lázaro, Maria e Marta (Jo 11.1). Betânia ficava localizada no Monte das Oliveiras. Betânia pode ser traduzido como: “casa da aflição”, “casa dos figos” ou “casa das tâmaras”. Hoje ela faz parte do território da Turquia.
Parece que Marta era a irmã mais velha, que assumia a responsabilidade de dona de casa. Maria, sua irmã, ficou sentada aos pés do Senhor, ouvindo-lhe a palavra.(v39)

A palavra grega (êkouen) significa que ela estava continuamente ouvindo o Mestre, ou que era seu costume fazê-lo. Marta, porém, estava ocupada com muito serviço.(v40)

A palavra grega (periespato) para ocupada  significa separada ou afastada, portanto "distraída" ou "sobrecarregada".
Esse texto vem chamar a atenção para nossa correria e para os afazeres diários que nos tem consumido o tempo, nos fazendo perder oportunidades de ter algo de mais valor ou importância. Consumidos pelas tarefas, sejam domésticas como também as profissionais, se opondo a tudo o que seja espiritual. 

Será que temos dado importância às questões que Jesus nos ensinou? Hoje com tantas reuniões ou celebrações, estamos conseguindo dar o devido valor aos ensinamentos de Cristo?  Essa passagem de Marta e Maria nos permite refletir acerca da prioridade que devemos dar ao que de fato é essencial.
Devemos escolher a BOA PARTE e para isso devemos estar atentos às palavras de Jesus, nosso Senhor.

• A cura do cego de nascença (Jo 9.1-41)
• A cura (vv1-12)
Temos a preocupação de achar um culpado ou uma razão para suprimir nossa necessidade de encontrar respostas para tudo. Em alguns casos como deste homem era algo que fugia da compreensão. E mesmo o milagre sendo realizado, vemos que alguns não aceitavam. Isso ressalta a importância do testemunho de cada um dos cristãos a cada familiar, a cada vizinho, a cada  amigo, pois estes nos conhecem e isso vai ser impactante. 

• Os fariseus investigam a cura (vv13-34)
Era sábado e o cego de nascença passou a ver. Como poderia ser? ERA SÁBADO! Todos sabiam que não se podia trabalhar no dia de descanso (sábado). Os fariseus estavam confusos e houve divisão entre eles, pois se afirmassem que era pecador teriam dificuldades com o fato de que todos estavam sabendo que verdadeiramente um homem passou a enxergar sendo este, cego de nascença! Vão averiguar com os pais do homem e confirmar se era cego mesmo. Não satisfeitos voltam ao ex cego e recebem uma lição onde o mesmo afirma que somente vindo de DEUS para fazer tal sinal. Aqueles que conheciam muito as leis e os mandamentos esbarram na dificuldade de responder para si mesmo e mais ainda para a multidão.

• A cegueira espiritual (vv35-41)
Alguns dos fariseus acompanharam o homem que havia recebido a cura na tentativa de descobrir quem operara o milagre e ao encontrar permanecem sem reconhecer que o Messias estava diante deles. O homem que recebeu a cura ao descobrir que era Jesus, logo o adorou. Quem na verdade era cego? A cegueira física não se compara com a espiritual, pois essa última leva quem assim se encontra para a morte eterna.
Jesus disse: "Eu sou a luz do mundo. Quem me segue, nunca andará em trevas, mas terá a luz da vida" (Jo 8.12).
    

CONCLUSÃO
Quem é o nosso próximo? Como tenho servido ao Senhor? Como tenho me comportado diante do Senhor? Como tenho reagido aos sinais e feitos do Senhor na vida dos meus irmãos? São perguntas que devemos nos fazer após esse estudo. Jesus confronta-nos para nos ensinar a como caminhar e como tratar nossos semelhantes.
Devemos estar atentos aos ensinamentos e aplicá-los de forma a cumprir nossa missão até que o Senhor nos chame ou retorne.

Autores: Pr Gilberto, Presb. Ivan e Leandro Rangel