Lição 05 - Módulo IV - 05DEZ2021
Publicado em 05/12/2021
A VIDA DE NOSSO SENHOR
(PARTE 2)
EBD – Lição 05 – Módulo IV – 05.DEZEMBRO.2021
ADVERTÊNCAIS E MOTIVAÇÕES
ESTUDO CRONOLÓGICO NOVO TESTAMENTO
Jesus não poucas vezes estava cercado por multidões. No contexto do capítulo que vamos considerar nesta oportunidade havia tanta gente que as pessoas se atropelavam umas às outras. Mas o destaque é que mesmo alcançando as multidões, Jesus tinha um cuidado todo especial com seus discípulos e mais uma vez vai direcionar palavras àqueles que mais na frente alvoroçariam o mundo.
Vamos ver nesta oportunidade uma conversa muito interessante de Jesus com seus discípulos.
A providência de Deus (Lc 12.1-12)
(1) Acautelai-vos do fermento dos fariseus. —Isso era uma expressão que se tornou quase proverbial nos lábios de nosso Senhor (Mt 16.6 “Disse-lhes: estejam atentos e tenham cuidado com o fermento dos fariseus e dos saduceus). Aqui, no entanto, o fermento é mais definitivamente especificado como “hipocrisia” - isto é, irrealidade, a simulação, consciente ou inconsciente, de uma santidade que não possuímos. Não se segue que os fariseus fossem impostores deliberados do tipo tartufo (beato, enganador). Com eles, como com outras formas de religiosidade, era sem dúvida verdade que a pior
Porque a hipocrisia é o fermento dos fariseus?
1. Pode existir sem ser detectado imediatamente. O fermento misturado à farinha não é conhecido até que produza seus efeitos.
2. É insinuante. O fermento logo se espalhará por toda a massa. Assim, a hipocrisia, se não for detectada e não removida, logo invadirá todos os nossos sentimentos.
3. Está inchando. Isso nos ensoberbece e nos enche de orgulho e vaidade. Nenhum homem é mais orgulhoso do que o hipócrita e ninguém é mais odioso para Deus. Quando Jesus os adverte a tomar cuidado com "o fermento dos fariseus", ele quer dizer que eles devem ser cautelosos ao não embeber seu espírito e tornar-se como eles. A religião de Jesus é de sinceridade, de humildade, de toda uma falta de disfarce. O homem mais humilde é o melhor cristão, e aquele que tem o mínimo de disfarce é mais parecido com seu Mestre.
(4-12) Estais prontos para o julgamento. O que nós podemos aprender nessa sessão:
1. Há uma tendência natural para temer homens que matam o corpo, mas Jesus indica que os homens que matam não podem fazer nada mais do que isso.
2. Que há punições além desta vida; todas as punições dos homens não terminarão com a morte de seus corpos.
3. Que os homens têm alma e também corpo, e que tanto a alma quanto o corpo dos pecadores serão na ressurreição capazes de castigo eterno.
4. Que a maneira mais fácil de nos colocar sob essa miséria é ter mais medo da ira dos homens do que da ira de Deus.
(5) γέενναν.("https://biblehub.com/greek/geennan_1067.htm" \hgeennan) → Inferno.
Inferno aqui é Geena, que não deve ser confundido com Haddes, também traduzido “inferno” nas versões mais antigas. Haddes é o nome geral para o lugar dos espíritos dos falecidos, ao passo que Geena leva a noção do castigo. A palavra deriva-se do hebraico gê Hinnõm, “o vale de Hinon”. Este era um vale adjacente a Jerusalém aonde, em dias idos, crianças tinham sido oferecidas em sacrifício ao deus Moloque.
"Não entregue os seus filhos para serem sacrificados a Moloque. Não profanem o nome do seu Deus. Eu sou o Senhor.” (Lv 18.21)
“No monte que fica a leste de Jerusalém, Salomão construiu um altar para Camos, o repugnante deus de Moabe, e para Moloque, o repugnante deus dos amonitas.” (1Re 11.7)
O rei Josias pôs fim a esta prática (“Também profanou Tofete, que ficava no vale de Ben-Hinom, de modo que ninguém mais pudesse usá-lo para queimar seu filho ou filha em sacrifício a Moloque.” (2Re 23.10), mas o vale era considerado maldito (Jr 7.31ss ”Construíram o alto de Tofete no vale de Ben-Hinom, para queimarem em sacrifício os seus filhos e as suas filhas, coisa que nunca ordenei e que jamais me veio à mente. Por isso, certamente vêm os dias, declara o Senhor, em que não mais chamarão este lugar Tofete ou vale de Ben-Hinom, mas vale da Matança, pois ali enterrarão cadáveres até que não haja mais lugar.”)
Nos tempos do Novo Testamento o lugar era usado para depositar lixo, e, sem dúvida, um fogo sempre queimava ali. As associações do termo fizeram com que fosse um símbolo apropriado do tormento perpétuo do inferno.
(10) Blasfêmia contra o Espírito Santo
Com relação ao pecado imperdoável da blasfêmia contra o Espírito Santo. Eis o que Henry Alford disse: “Não é apenas um tipo específico de pecado que é condenado aqui” — por exemplo, ah, será que eu fiz tal coisa? — “mas uma demonstração de um estado de pecado, e isso expressa uma oposição intencional e obstinada ao poder do Espírito Santo; esta é demonstrada pelo seu fruto, a blasfêmia”.
Essa blasfêmia é irremediável porque exclui o homem da área de ação do único poder que pode transformar a sua vida interior. O Espírito Santo.
Em João, no capítulo 16, a partir do versículo 5, temos as ações do Espírito Santo na vida do homem.
Nesta primeira seção de estudo fica evidente a importância de como cristão estarmos vivendo de acordo com os princípios da palavra de Deus e nos afastarmos de tudo que possa nos contaminar e ofuscar o brilho de Cristo em nós. Portanto, cuidado com o fermento dos fariseus.
A parábola do rico insensato (Lc 12.13-21)
O uso correto das posses materiais é tratado nesta seção e no versículo 15 encontramos o ponto central deste bloco.
Jesus faz uma forte advertência contra toda e qualquer avareza. Ao utilizar-se de uma parábola Jesus apresenta os princípios que norteiam o reino de Deus.
A vida de um homem é uma coisa incerta na melhor das hipóteses, e ninguém tem a certeza de que viverá o número de anos que gostaria. A coisa realmente tola era a confiança fácil daquele rico de que o futuro estava no controle dele. O homem, cuja vida fica pendurada por um fio, e que pode ser chamado a qualquer momento para prestar contas de si mesmo, é um tolo se depende de coisas materiais.
Jesus termina seu ensino com o contraste entre armazenar tesouros para si mesmo e ser rico para com Deus.
Ser “rico para com Deus” encontra sua explicação na linguagem, provavelmente por ela sugerida, que nos convida a ser “ricos em boas obras”, conforme Paulo instrui o jovem Timóteo. (1Tm 6.17-19)
O tempo presente tem se apresentado com grandes desafios no tocante aos prazeres deste mundo. Se não tomarmos cuidados seremos envolvidos por sentimentos de ganância que podemos nos levar a conseguir as coisas independentes dos meios.
Confiança na providência de Deus (Lc 12.22-34)
Jesus ressalta a importância da confiança em Deus e do desprendimento das coisas.
As palavras anteriores foram ditas de maneira geral a todos os que precisavam de sua advertência contra a ganância. O que se segue é dirigido àqueles que já foram chamados à consciência de uma vida superior, seus discípulos.
Jesus reforça este pensamento com um apelo aos corvos, mencionados somente aqui no Novo Testamento. Os corvos são objetos do cuidado de Deus conforme Salmo 147.9 “Ele dá alimento aos animais, e aos filhotes dos corvos quando gritam de fome.”
Há possivelmente significado no fato de que os corvos eram impuros (Lv 11.13-15 “Estas são as aves que vocês considerarão impuras, das quais não poderão comer porque são proibidas: a águia, o urubu, a águia-marinha, o milhafre, o falcão, qualquer espécie de corvo”,) Deus faz suprimentos até mesmo para estas aves impuras. E Jesus continua lembrando seus ouvintes que têm mais valor do que as aves.
(25) Os homens estão limitados.
O rico tolo não podia acrescentar um só momento à duração da sua vida quando veio a chamada de Deus. Somente Deus pode prolongar a vida. Um grande exemplo é o rei Ezequias. O profeta lhe falou sobre sua iminente morte, mas ao orar a Deus, este lhe acrescenta mais 15 anos de vida. Podemos ver isso em Isaías 38.
Jesus termina dizendo como os discípulos deveriam viver: buscando o reino de Deus.
(32) Pequenino rebanho é uma forma incomum de trato, que se acha somente aqui no Novo Testamento. Esse pequeno rebanho não precisava ter medo, pois Deus se agradou em lhes dar o reino.
Precisamos de uma vez por toda confiar que Deus está no controle de todas as coisas. Como pequeno rebanho temos diante de nós um grande pastor que cuida de nós nos mínimos detalhes.
CONCLUSÃO
Não podemos perder de vista que Jesus está às portas de voltar para a presença do Pai e seus discípulos teriam pela frente grandes desafios. A compreensão e prática dos valores do reino de Deus seriam urgentes e eles precisavam tomar cuidado no tocante a isso. Quando Jesus começa seu discurso dizendo: tenham cuidado com o fermento dos fariseus, ele preconizava um tempo desafiador que viria pela frente e a necessidade de serem achados obreiros e obreiras, aprovados.
E você, como está na caminhada cristã. Se Jesus voltar hoje, como você será achada?
Pense sobre isso, e até a nossa próxima lição!
Autores:
:: Pr. Gilberto Martins
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:: Pb. Ivan Pisani |
Referências bibliográficas
- Morris, Leon L. Lucas. Introdução e comentários. São Paulo: Mundo Cristão, 1983.
- Bíblia Sagrada _ Nova Versão Internacional, 2ª. Edição: Geográfica, 2000.
- HYPERLINK "https://www.abiblia.org/ver.php?id=10644"https://www.abiblia.org/ver.php?id=10644
- https://biblehub.com/commentaries/luke/10-1.htm
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