Frutos Verdadeiros de Arrependimento • Pedro Siqueira

Lição 06 - Módulo IV - 12DEZ2021
Publicado em 12/12/2021

A VIDA DE NOSSO SENHOR
EBD – LIÇÃO 06 – Módulo IV – 12.DEZEMBRO.2021
Frutos Verdadeiros de Arrependimento 
ESTUDO CRONOLÓGICO DO NOVO TESTAMENTO

1. A parábola do servo vigilante - A vinda do Filho do homem (Lc 12.35-48)
Jesus reforça seu ensino sobre o uso correto dos bens com a lembrança de que as coisas terrestres são temporárias e de que a vinda do Filho do homem é certa.

(35-36) Jesus conclama os discípulos a estarem prontos.

(38-40) A importância de estar pronto agora é ressaltada, qualquer que seja a época da vinda do Filho homem. A vinda é certa, mas a hora não é conhecida aos filhos dos homens. Será à hora em que não cuidais. Devem, portanto, viver em constante prontidão, conforme deixou claro, a totalidade da seção que aqui termina.

(41-48) A responsabilidade dos servos.
A pergunta de Pedro talvez visasse levantar a questão dos privilégios e das responsabilidades do apostolado. Certamente tem relevância à obra do ministério, tópico este que deve ter sido importante aos leitores de Lucas. Jesus não responde diretamente, mas chama a atenção à responsabilidade de todos os servos. Ressalta que quanto maior o privilegio, tanto maior a responsabilidade.

Não podemos ignorar esse princípio apresentado por Jesus sobre dádivas x responsabilidade. Costumo dizer que o problema é que muitas vezes queremos o bônus, mas não queremos o ônus. Se Deus tem lhe capacitado com dons e talentos não é para você ficar sentado no banco da igreja. 
O que você tem feito com recursos que Deus tem lhe dado?


2.Cristo: causa de divisões; repreensão por fala na interpretação dos sinais (Lc 12.49-59)
(49-50) Eu vim trazer fogo à terra. O significado desta passagem está longe de ficar óbvio. Alguns têm entendido que fogo significa divisão, e outros, a santidade ou a fé. Mas o termo mais frequente representa o julgamento, e este é provavelmente seu sentido aqui. A vinda de Jesus significa julgamento. Jesus está dizendo que o plano de Deus para os homens é a salvação que envolve julgamento. Mas é o julgamento que o Messias suportará por outras pessoas, e não um que Ele infligirá sobre os outros.

O fogo aqui nos fala sobre o julgamento purificador de Deus (Ml 3.2-3). Com a vinda do Reino de Deus, em Jesus, esse fogo já foi aceso.
 
(51-53) Parece incomum ouvir estas palavras de Jesus, tendo em vista que é natural desejarmos a paz e não a divisão; entretanto, neste momento, Jesus nos alerta sobre uma consequência inevitável na vida de todo aquele que se arrepender de seus pecados e crer nele. Aquele que conhece a Cristo terá sua vida e hábitos inteiramente transformados, e, naturalmente, as mudanças realizadas não agradarão a todos, o que poderá gerar conflitos e divisões com pessoas queridas e até mesmo com nossos familiares mais próximos.

(54-59) Tendo proferido estas palavras Jesus chama a atenção da multidão para o fato de que, embora estes soubessem interpretar muito bem os sinais climáticos e os aspectos da terra, não conseguiam interpretar os mais evidentes sinais do Reino de Deus que ocorriam em seu tempo, isto é, a vinda do Messias/Salvador e o Juízo de Deus, ambos os eventos descritos na Lei e nos Profetas e que estavam acontecendo diante dos olhos de todas as pessoas daquela geração.

Reforçando o que foi dito anteriormente, Jesus demonstra para aquela multidão, por meio de um exemplo de fácil entendimento (a figura de dois adversários que em breve estariam diante de um Juiz), a importância de nos acertarmos com Deus enquanto há tempo e antes que chegue o momento do juízo.


3. Os galileus mortos por Pilatos (Lc 13.1-5)
No momento em que Jesus ensinava acerca de sua segunda vinda e do Juízo, alguns homens interromperam seu discurso e o informaram sobre um acontecimento trágico: alguns galileus estavam realizando sacrifícios no templo, quando o governador Pilatos (não sabemos por qual motivo) mandou mata-los, fazendo com que seu sangue fosse misturado com o sangue dos seus sacrifícios. Aproveitando esta oportunidade, Jesus corrige um ensinamento equivocado muito comum naqueles dias e também em nosso tempo, isto é, o ensinamento de que àqueles que passam por grandes tragédias e/ou sofrimentos são mais pecadores que os demais. 

Jesus então lhes mostra uma verdade muito presente nas escrituras, a de que os sofrimentos e tribulações vêm sobre os justos e também sobre os ímpios, de forma que não devemos perder tempo especulando sobre os pecados de alguém com base nos acontecimentos trágicos que lhes sobrevieram, mas antes todos devemos nos arrepender de nossos próprios pecados e nos voltarmos para Deus, tendo em vista que se não o fizermos o juízo de Deus virá e então pereceremos. 


4. A parábola da figueira infrutífera (Lc 13.6-9)
Se aprofundando mais na questão do arrependimento e buscando exemplificar o que foi dito anteriormente, Jesus conta uma parábola que seria facilmente compreendida pelas pessoas daquele tempo, a parábola da figueira. Nela vemos uma figueira plantada num lugar especialmente cuidado e preparado para que ela produzisse muitos frutos, isto é, ela foi plantada numa vinha, todavia quando o dono da vinha vai procurar frutos na figueira (que já estava no tempo de produzir), não encontra nenhum.

Diante da ausência de frutos na figueira, o dono da vinha naturalmente deseja corta-la, pois ela ocupa espaço e suga os nutrientes da terra sem nada produzir; entretanto, antes que a figueira fosse cortada, uma nova chance lhe é dada: o homem que cuidava da vinha promete adubar e cuidar da figueira durante um ano, e se ela der frutos permanecerá plantada, caso contrário será enfim cortada.

Com essa parábola Jesus nos mostra uma preciosa lição sobre arrependimento: Somos como a figueira plantada pelo dono da Vinha em um lugar especial (Deus, nosso criador nos fez e nos abençoou), todavia não produzimos os frutos que Deus desejava (pecamos e nos afastamos de Deus, não produzindo frutos de arrependimento), dessa forma seria justo que fossemos cortados. Todavia, assim como a figueira, recebemos uma segunda chance e os cuidados daquele que cuidava da vinha para produzirmos frutos (Deus enviou seu filho para morrer em nosso lugar e perdoar os nossos pecados, nos chamando a produzir verdadeiros frutos de arrependimento com o seu auxílio).


CONCLUSÃO 
Diante da clareza das escrituras, fato é que a volta de nosso Salvador se aproxima, embora não saibamos o dia e a hora, certamente o justo Juízo de Deus em breve virá. Entretanto, este fato não é motivo de lamento, mas sim de grande alegria, pois sabemos que se nos voltarmos para Deus produzindo verdadeiros frutos de arrependimento encontraremos graça, misericórdia e um lugar em seu precioso Reino.

A propósito, a parábola da figueira termina antes de sabermos se ela produziu ou não frutos, pois o final dessa história dependerá de nossa decisão diante da nova chance que nos foi dada por Deus, permaneceremos infrutíferos e afastados da vontade de nosso criador ou produziremos frutos verdadeiros de arrependimento?

 

 


Autores:

 

:: Pr. Gilberto Martins

 


:: Pb. Ivan Pisani

:: Pedro Araújo

 

 

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