O SEGREDO DA TERAPIA DE RADIAÇÃO

DIA 11 - Quinta
Publicado em 29/02/2024

Segredos do Lugar Secreto - Bob Sorge

 

Parte II
COLOCANDO EM PRÁTICA

A Parte I, consideramos os princípios básicos para se estabelecer no lugar secreto com Deus. Agora, vamos ver algumas dinâmicas práticas - a parte mais importante - que nos ajudarão a maximizar o potencial do lugar secreto.


Capítulo 15
O SEGREDO DA TERAPIA DE RADIAÇÃO

Todos nós nos esforçamos para superar o pecado. A Bíblia descreve esse esforço como “luta contra o pecado” (Hb 12.4). Algumas pessoas se esforçam mais que os outras, em parte porque a história de vida mundana delas fez com que as raízes do pecado se tornassem mais profundamente arraigadas em seu ser. Independentemente da intensidade de nosso próprio esforço pessoal, cada um de nós já desejou ter obtido vitória de uma forma mais completa sobre os padrões pecaminosos.

O percurso até a vitória sobre pecados habituais é multifacetado e inclui arrependimento, renúncia de padrões antigos, orações de concordância, responsabilidade, perdão, negar-se a si mesmo, etc. Entretanto, desejo focar este capítulo em um segredo para superar o pecado que é, às vezes, ignorado ou esquecido. Eu o chamo de “expor-se à radiação da presença e da Palavra de Deus”.

O pecado é como um câncer; a presença de Deus é como uma radiação sobre aquele câncer. Quanto mais você ficar na presença de Deus, absorvendo sua Palavra e se deleitando em seu amor, mais poder estará introduzindo em cada fibra de seu ser.

A única forma de sermos transformados é nos aproximando do Senhor. Sua presença é o lugar de transformação. A distância de Deus sempre ocasiona regressão espiritual; a proximidade com Ele sempre traz progressão espiritual. O objetivo da voz de condenação é afastá-lo da presença de Deus - que é, em si, a fonte da nossa vitória. O objetivo da voz de convicção é aproximá-lo da face de Cristo. Para distinguir entre convicção e condenação basta considerar para qual direção a voz o está impelindo - para perto ou para longe do Senhor.

Deus sempre desejou se aproximar do homem, mas sempre que fazia isso, as pessoas morriam. A Lei (Gênesis a Deuteronômio) desdobra a história apaixonante de como um Deus completamente santo, com grande desejo por seu povo, tenta se aproximar dele, somente para se deparar com a frustração recorrente de ter que matar seus integrantes devido a sua total rebelião e transgressão.

O Antigo Testamento tinha uma falha fatal. Ele exigia que o povo se mantivesse à distância, por causa da santidade de Deus. Quem cruzasse o limite, morrería. Tantos estavam morrendo no deserto que, por fim, disseram a Moisés: “Nós morreremos! Estamos perdidos, estamos todos perdidos! Todo aquele que se aproximar do santuário do Senhor morrerá.  Será que todos nós vamos morrer?” (Nm 17.12-13). Deus também estava consciente do problema, pois lhes disse: “Mas eu não irei com vocês, pois vocês são um povo obstinado, e eu poderia destruí-los no caminho” (Êx
33.3).

Segundo Deuteronômio 5.25-27, o povo falou a Moisés que as pessoas morreríam caso se aproximassem de Deus. Por isso, pediram a Moisés para se aproximar de Deus em seu nome. A resposta de Deus foi: “Eles têm razão em tudo o que disseram” (Dt 5.28). Então, Deus concordou e manteve distância.

Entretanto, isso gerou um ciclo vicioso ascendente. As pessoas ti nham que manter distância para sobreviver, mas a distância de Deus fazia com que se deteriorassem mais no pecado. Deus, por sua vez, exigia que mantivessem distância. Este era um padrão que Deus tinha que corrigir e a única solução possível foi através da cruz de Cristo. Pelo sangue da cruz, o homem pecador teve acesso imediatamente à presença do Deus santo e pôde se render à glória que transforma.

A medida que nos entregamos a essa glória, vamos sendo transformados à semelhança da glória de Cristo! A parte incrível é que a despeito de nossas fraquezas, falhas e pecados, somos agora capazes de entrar imediatamente na presença daquele que é completamente santo! Que privilégio!
Somente um tolo negligenciaria ou evitaria esse lugar de transformação gloriosa e intimidade prazerosa. Deus se permitiu morrer (literalmente) para mudar seu modo de nos trazer à sua presença.

Quando entramos na presença de Deus, estamos nos expondo a forças poderosas eternas. Tudo dentro de nós se transforma quando tocamos a glória radiante que é emitida da face de Deus. “O Senhor Deus é sol e escudo” (SI 84.11).

O sol fornece calor, luz, energia e raios ultravioletas - radiação. Quando nos colocamos sob o sol de seu semblante, a radiação de sua glória agride as iniquidades cancerosas que nos mantêm impotentes para superá-las completamente. Passar tempo em sua presença talvez seja o procedimento mais eficaz de lidarmos com o problema do pecado crônico que nos incomoda.

Você não sabe que está sendo exposto à radiação quando isso acontece pela primeira vez. As pessoas que ficam queimadas pelo sol só percebem que foram expostas a uma radiação excessiva após o dano ter sido feito. Os efeitos da radiação são sempre retardados. O mesmo se aplica à glória de Deus. Quando passa tempo em sua presença, a princípio você pensa: “Não está acontecendo nada”. Entretanto, se você acreditar na verdade e apenas dedicar grandes períodos de tempo em sua presença, seus efeitos, por fim, serão manifestos.

Experimentei isso em primeira mão, e espero em Deus que você ouça e acredite no que estou lhe dizendo. Coisas poderosas acontecem dentro de você quando passa tempo com Deus. Quando você permanece em sua presença durante períodos prolongados, a composição molecular de sua alma é reestruturada. Você começa a pensar de forma diferente e nem mesmo sabe o motivo. Você passa a ter paixões e interesses diferentes e nem mesmo sabe o motivo.

Deus o está transformando por dentro de uma forma impossível de ser analisada cognitivamente. Tudo o que você sabe é que as paixões pecaminosas que comprometiam sua alma já não têm mais o antigo poder sobre você. O segredo é simplesmente o seguinte: passar grandes períodos de tempo na presença de Deus - amando-o e assimilando sua Palavra.

Mais um último pensamento e este capítulo será concluído. Quando Moisés permaneceu por oito dias na montanha com Deus, perto da glória ardente dele, a única explicação razoável ao fato de ele não ter morrido devido à exposição à radiação, é sugerir que o Senhor não derramou toda a intensidade de sua glória em Moisés.

Entretanto, a história sugere que Deus ajudou Moisés a “desenvolver” a capacidade de suportar essa tremenda exposição à glória. O princípio é o seguinte: quanto mais tempo você passar em sua presença, maior será a tolerância a grandes manifestações de radiação e glória.

Podemos dizer que você começa a desenvolver um protetor solar? Aqueles que se expõem a grandes quantidades de radiação da glória de Deus tornam-se candidatos à intensidades cada vez maiores de glória. “De glória em glória.”

Isso faz você desejar sair correndo para o lugar secreto, não faz?

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