Estruturando o Reino • William Pessanha

Lição 14 • Módulo III • 30MAI2021
Publicado em 30/05/2021

A VIDA DE NOSSO SENHOR

EBD – Lição 14 – Módulo III – 30MAI2021

O Ministério na Galileia:

ESTRUTURANDO O REINO

ESTUDO CRONOLÓGICO NOVO TESTAMENTO

 

O ministério de Jesus até onde nós já observamos, tem causado uma grande revolução na nação de Israel. Mas, essa revolução não é política, menos ainda partidária, mas espiritual. Pessoas estão sendo curadas, libertadas e tendo uma nova perspectiva do verdadeiro relacionamento com Deus. Não de um legalismo escravizador, mas de amor e liberdade com o Pai.

Como nós observamos, essa mudança trouxe muitos problemas para Jesus, pois os religiosos da época passaram a persegui-lo e por inveja já tramavam como matá-lo. Jesus sabia que seu tempo era curto, logo, ele iria para Cruz. Diante dessa realidade ele começa a traçar algumas diretrizes para o seu ministério. Que atitude foram essas que Jesus tomou?

 

1. Multidões são curadas (Marcos 3.7-12).

Tudo o que Jesus estava realizando tomava dia após dia uma proporção gigantesca. Sendo assim, por causa do relato de outros, muitos com suas necessidades vinham até Jesus. Ele alcança grande popularidade entre o povo, e este busca Jesus por todos os lados.

Até mesmo os gentios da Fenícia o buscavam: 1) Do Norte – Tiro e Sidom (gentios); 2) Do Sul – Judéia, Jerusalém e Idumeia (descendentes de Esaú, os edomitas); 3) Do Leste – Além do Jordão e 4) Do Oeste – Galileia.

Enquanto alguns homens se tornam endurecidos, até mesmo os demônios se prostram e confessam que Jesus é o Filho de Deus.[1]

2. A escolha dos 12 Apóstolos (Marcos 3.13-19).

“Jesus tinha muitos discípulos, mas Ele separou doze para serem apóstolos. Discípulo é um aprendiz; apóstolo é um enviado com uma comissão, um embaixador em nome do Rei”.

Jesus só teve doze apóstolos. Os apóstolos foram os instrumentos para receberem a revelação de Deus e foram inspirados por Deus para o registro das Escrituras. Não há sucessão apostólica. Os apóstolos não tiveram sucessores depois que morreram.

Um apóstolo precisava ter visto a Cristo ressurreto (1ª Coríntios 9.1), ter tido comunhão com Cristo (Atos 1.21,22) e ter sido chamado pelo próprio Cristo (Efésios 4.11). Os apóstolos receberam poder especial para realizar milagres como prova de sua credencial (Atos 2.43; 5.12; 2ª Coríntios 12.12; Hebreus 2.1-4).[2]

 

Mas, como Jesus fez essa escolha e para que ele os escolheu?

  1. Jesus os escolheu segundo a vontade do Pai.
  2. Jesus os escolheu de forma incondicional.
  3. Jesus os escolheu para estarem com ele.
  4. Jesus chamou-os e designou-os para os enviar a pregar.
  5. Jesus chamou-os e designou-os a exercer autoridade de expelir demônios.

Quando nós olhamos para o perfil desses homens ficamos espantados tamanha a diferença de personalidade entre eles. Que tipo de pessoas Jesus escolheu? E quem são eles?

Jesus escolheu pessoas heterogêneas. Os doze apóstolos são um espelho da nova família de Deus. Ela é composta de pessoas diferentes, de lugares diferentes, profissões diferentes, ideologias diferentes. São pessoas limitadas, complicadas e imperfeitas que frequentemente discordam sobre muitos assuntos.

Havia no grupo de Jesus desde um empregado de Roma até um nacionalista que defendia a guerrilha contra Roma. Esse grupo tão heterogêneo aprendeu a viver sob o senhorio de Cristo e tornou-se uma bênção para o mundo.[3]

Pedro. Chamado Simão, era um pescador por profissão. Era de Betsaida (João 1.44), mas morava em Cafarnaum (1.21,29). Era um homem que falava sem pensar. Era inconstante, contraditório e temperamental. No início, não era um bom modelo de firmeza e equilíbrio. Ao contrário, ele estava constantemente mudando de um extremo para outro.

Tiago e João. Eles eram explosivos, temperamentais, filhos do trovão. Um dia pediram a Jesus para mandar fogo do céu sobre os samaritanos. Eles eram também gananciosos e amantes do poder. A mãe deles pediu a Jesus um lugar especial para eles no Reino.

André. Era um homem que sempre trabalhava nos bastidores. Foi ele quem levou seu irmão Pedro a Cristo.

Filipe. Era um homem cético, racional. Quando Jesus perguntou: “Onde compraremos pães para lhes dar a comer?” (João 6.5). Ele respondeu: “Não lhes bastariam duzentos denários de pão, para receber cada um o seu pedaço” (João 6.7). Ele disse: o problema não é ONDE? Mas QUANTO?

Bartolomeu. Era um homem preconceituoso. Foi ele quem perguntou: “De Nazaré pode sair alguma coisa boa?” (João 1.46).

Mateus. Era empregado do império romano, um coletor de impostos. Era publicano, uma classe repudiada pelos judeus. Tornou-se o escritor do evangelho mais conhecido no mundo.

Tomé. Era um homem de coração fechado para crer. Quando Jesus disse: “E vós sabeis o caminho para onde eu vou” (João 14.4), Tomé respondeu: “Senhor, não sabemos para onde vais; como saber o caminho?”

Tiago filho de Alfeu e Tadeu. Nada sabemos desses dois apóstolos. Eles faziam parte do grupo. Eles pregaram, expulsaram demônios, mas nada sabemos mais sobre eles. Eles não se destacaram.

Simão, o zelote. Ele era membro de uma seita do judaísmo extremamente nacionalista.

Judas Iscariotes. Era natural da vila de Queriot, localizada no sul da Judéia. Era o único apóstolo não galileu. Ocupou um lugar de confiança dentro do grupo. Era o tesoureiro do grupo e administrador do patrimônio do “colégio apostólico”, mas ele não era convertido. Ele era ladrão e roubava da bolsa (João 12.6).[4]

 

CONCLUSÃO

Dewey Mulholland diz que a decisão de Jesus de escolher os doze apóstolos foi uma das decisões mais cruciais da História. Ele não escreveu livros, não ergueu monumentos nem construiu instituições. Ele discipulou pessoas do modo mais eficaz para perpetuar o seu ministério. A existência da Igreja prova a correção de sua decisão.[5]

Pessoas simples que ao serem chamadas primeiro para andar com Jesus, foram instrumentos para abençoar o mundo e inclusive a nós. Sendo assim, não olhe para as suas limitações, simplesmente se coloque a disposição de Jesus, pois como alguém já disse, Jesus não chama os capacitados, mas capacita aquele que são chamados.

 


Autores:

 

:: Pr. Gilberto Martins

 


:: Pb. Ivan Pisani


 

:: William Pessanha

 


 

 

 

 

 

[1] Marcos: o evangelho dos milagres/ Hernandes Dias Lopes — São Paulo: Hagnos, 2006

[2] IBIDEM PAG. 197, 198.

[3] IBIDEM PAG. 202, 203.

[4] IBIDEM PAG. 203-206

[5] MULHOLLAND, Dewey M, Marcos: Introdução e Comentário, 2005: p. 70.

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