O Bom Pode Ser O Melhor • Pr. Gilberto Martins

Lição 32 - Módulo III - 03OUT2021
Publicado em 03/10/2021

A VIDA DE NOSSO SENHOR (parte 1)
EBD – Lição 32– Módulo III – 03.OUTUBRO.2021
Estudo Cronlógico da Bíblia

O BOM PODE SER MELHOR


Nós temos 4 cenas nesta lição que serão analisadas à luz da proposta de Jesus de estar preparando esses 12 homens para transformarem o mundo com a pregação do evangelho. Isso precisa ficar muito claro para nós, conforme constatamos com a chegada de Paulo a Tessalônica, onde Lucas registra assim: “Contudo, não os achando, arrastaram Jasom e alguns outros irmãos para diante dos oficiais da cidade, gritando: "Esses homens que têm causado alvoroço por todo o mundo, agora chegaram aqui,” (At 17.6) 

A vida cristã precisa acontecer de acordo com os ensinamentos de Jesus e não como nós achamos que deva ser. Precisamos ser achados, obreiros e obreiras aprovados.

Quais são as 4 cenas e suas propostas que estudaremos hoje?
a) A transfiguração = Três divinos e três humanos (céus e terra testemunhando do poder de deus). A confirmação do filho amado em quem deus se agradava.
b) Questão acerca de Elias = A profecia acontecendo
c) A cura do menino endemoninhado = O discípulo em comunhão com Deus precisa exercer autoridade sobre todas as coisas;
4) Predição da morte e ressurreição de Jesus = Pontos difíceis de entender.

Vamos então apreciar a primeira cena.

1. A transfiguração (Mt 17.1-8; Mc 9.2-8; Lc 9.28-36)
Multidões seguiam Jesus. Dentre a multidão seguidores mais de perto crescia. Destes seguidores de perto, 12 foram convocados para uma grande missão. Dentre os doze, três eram mais próximos (Pedro, Tiago e João) e dentre os três, João, possivelmente, era o mais chegado.
Seria uma panelinha? Não! Jesus tinha uma missão que não cabia esse tipo de situação!

Jesus estava preparando homens para revolucionarem o mundo e não cabia nessa relação mestre/discípulo, qualquer tipo de interferência que pudesse ofuscar esse reino magnifico que estava sendo implantando no mundo.

Cada experiência com esses homens era didática e visava prepara-los para grandes desafios, inclusive encontramos um texto onde Jesus afirma que eles fariam obras maiores que Ele (Jo 14.12-14).

Então esse momento glorioso no alto monte (chamado pela tradição como monte Tabor) que algo maravilho acontece: a transfiguração, onde a aparência do corpo de Jesus foi totalmente transformada. Jesus plenamente homem e plenamente Deus glorioso está diante dos três discípulos, e completando a glória temos a presença de Elias, Moisés conversando com Jesus e Deus falando e eles ouvindo: Este é o meu Filho amado de quem me agrado, Ouçam-no! (Mt 17.5)

Seis dias depois, Jesus convidou três discípulos (Pedro, Tiago e João) para acompanhá-lo ao monte. Esses três testemunharam acontecimentos a que os demais não assistiram. O fato de serem três cumpriu cabalmente a lei de Moisés a respeito de testemunhas (Dt 19.15). 

Então, Jesus transfigurou-se (Mt 17.2; Mc 9.2). 
Sua forma e aparência mudaram-se. 
Significado de transfiguração: alteração da figura, das feições, da forma.

Moisés e Elias (Mt 17.3). Eles representam a lei e os profetas, respectivamente.
 
Bom é estarmos aqui”, Pedro queria perpetuar a visão daquela situação e propôs a construção de tendas. 

Foi então que uma voz, a voz do Pai, foram ouvidas pelos três discípulos. As palavras faladas nessa ocasião se comparam às de Mt 3.17. 

A ninguém conteis a visão. Supomos que os outros discípulos estavam incluídos nessa proibição (Mt 17.9; Lc 9.36). Cfr. Mt 16.20. Quanto mais perto da cruz o Senhor chegava, tanto mais evitava, propositadamente, qualquer manifestação popular em seu favor, que bem podia ter acontecido se os discípulos tivessem proclamado o que sabiam. Cfr. Jo 6.14-15. 

Nesta primeira cena temos os seguintes destaques:
1.1 Jesus transfigurou-se;
1.2 Elias e Moísés aparecem e conversam com Jesus
1.3 O evangelho de Lucas destaca o assunto da conversa. (Lc 9.30-31): 
1.4 A voz de Deus aparece em cena e repetindo o que dissera no batismo de Jesus: “Este é meu filho amado de quem me agrado”.
1.5 O céu é bom, mas existe uma missão a cumprir na terra: “Mas Jesus se aproximou, tocou neles e disse: Levantem-se! Não tenham medo! (Mt 17.7)

Aprendemos até o momento que não podemos ficar contemplando a vida cristã de “camarote” vendo as coisas acontecerem. As palavras finais de Jesus para Pedro, Tiago e João precisam ecoar em nossos ouvidos como um chamado para transformarmos o mundo com a pregação do evangelho.


2. Questão acerca de Elias (Mt 17.9-13; Mc 9.2-8)
Destacamos inicialmente uma ordem bem clara de Jesus e consecutivamente a obediência dos três: “Não contem a ninguém o que vocês viram, até que o Filho do homem tenha sido ressuscitado dos mortos.” (Mt 17.9)
O segundo destaque está em um questionamento dos três: “Por que dizem pois, os escribas ser necessário que Elias venha primeiro?” (Mt 17.10)

A presença de Elias no monte e a ordem subsequente de silenciar motivou a pergunta. Se essa era a profecia registrada em Malaquias sobre a vinda de Elias (Ml. 4.5), então certamente era chegado o momento de anunciar publicamente. Se não era, como poderia Jesus ser o Messias, pois esse personagem tinha de ser precedido de Elias. 

“De fato, Elias virá primeiro.” A forma é presente futuro. Jesus proclama aqui que Malaquias 4.5 será cumprido. 

“Elias já veio”. 

Para os judeus que não eram espirituais e que meramente andavam à caça de sinais, o próprio João dissera "Eu não sou Elias" (isto é, o profeta do Velho Testamento ressuscitado, Jo 1.21). 

Entretanto, para os que eram sensíveis espiritualmente, João Batista já viera "no espírito e virtude de Elias" (Lc. 1.17), e os homens foram levados a Cristo por intermédio dele. Assim o oferecimento que Jesus fez do reino foi uma oferta válida, dependendo da aceitação nacional, e Israel não poderia acusar a ausência de Elias para o seu fracasso em reconhecer Jesus. 

O versículo 13 nos mostram que qualquer dúvida que pudesse estar pairando em seus corações até aquele momento havia sido dissipada: “Então os discípulos entenderam que era de João Batista que ele tinha falado” (Mt 17.13).
Na caminhada cristã não cabe dúvidas sobre os princípios de Deus para que sejamos mais que vencedores.
Vamos para terceira cena nesta lição.


3. A cura do menino endemoninhado (Mt 17.14-21: Mc 9.14-29; Lc 9.37-45)
Várias versões não trazem o versículo 21: “Mas essa espécie só sai pela oração e pelo jejum”.  
O ponto chave desta cena está na pergunta dos discípulos a Jesus em particular: “Por que não conseguimos expulsá-lo? ” (Vers. 19)
Essa pergunta precisa ser respondida a luz de Mateus 10.1-8; 17.20.
O menino que estava possuído de um espírito mudo foi trazido aos seus discípulos e estes não puderam expulsá-lo, daí o pai procura Jesus e suplica sua intervenção. 

Jesus os adverte: “Ó geração incrédula! Até quando estarei convosco? Até quando vos sofrerei?”, assim Jesus declara a falta de fé dos nove apóstolos como característica da sua geração. Sua falta de fé consistia no seu fracasso em se apropriar inteiramente do poder que lhes fora garantido em Mt 10.8.  

Jesus então pediu que lhe trouxessem o menino. No texto de Marcos temos Jesus perguntando ao pai desde quando aquilo lhe sucedia, ele lhe respondeu que desde a sua infância, e acrescentou: “mas se tu podes alguma coisa, tem compaixão de nós, e ajuda-nos”. E a isto Jesus respondeu: “Se podes! Tudo é possível ao que crê”.

E diante desta afirmação o pai do menino, não demorou e não fez qualquer pausa, não desejou ouvir mais nenhuma evidência, mas clamou imediatamente: “Senhor, eu creio”. E Jesus ordenou ao demônio saísse e o menino ficou curado. 
A fé do pai é a fé verdadeira, e nós podemos afirmar que tem sido assim. Era fé na pessoa de Cristo. 

Em particular os discípulos perguntam a Cristo (v.19) “Por que não pudemos expulsá-lo”? Este foi o primeiro fracasso deles depois que receberam a autorização de Cristo em (10.8). A resposta de Jesus novamente apresenta a fé como responsável. (v.20) “Disse-lhes ele: Por causa da vossa pouca fé; pois em verdade vos digo que, se tiverdes fé como um grão de mostarda direis a este monte: Passa daqui para acolá, e ele há de passar; e nada vos será impossível”. 

A pequena fé não era incredulidade em Jesus como o Messias, mas dúvidas quanto às palavras que ele lhes dissera anteriormente (10.8). 


4. Predição da morte e ressurreição de Jesus (Mt 17.22-23; Mc 9.30-32; Lc 9.44-45)

Mateus → os discípulos ficaram cheios de tristeza;
Marcos → Mas eles não entendiam o que ele queria dizer e tinham receio de perguntar-lhe;
Lucas → Mas eles não entendiam o que ele queria dizer e tinham receio de perguntar-lhe.

CONCLUSÃO
As 3 cenas estudadas mostram dificuldades dos discípulos, em entenderem a missão que Jesus estava apresentando para eles.
Tal condição exigiu que Jesus os instruísse acerca dos princípios do reino de Deus. Estes princípios, na sua grande maioria, “batem de frente” com os princípios deste mundo.

Isso exige de nós reflexões constantes no intuito de sermos achados obreiros e obreiras aprovados.
- Você se acha um cristão segundo o coração de Deus?
- Você acha que Deus tem lhe dado menos do que você precisa para realizar a obra de testemunho do evangelho?
- Você precisa ver sinais para poder ser um cristão mais corajoso?

Estivemos considerando nesta oportunidade situações, como a do monte, chamado da transfiguração por alguns, que provavelmente nunca mais acontecerão; e estas situações se apresentam para nós como uma mola propulsora para que, na certeza de Deus conosco, sejamos:

- Arautos e arautas do Rei, proclamando em alto e bom som a mensagem do evangelho em tempo e fora de tempo;
- Mensageiros e mensageiras do Rei, tornando publica a mensagem da cruz por onde passarmos;
- Embaixadores e embaixatrizes do Reino de Deus nesse mundo;

O que você está esperando?

 


Autores:

 

:: Pr. Gilberto Martins

 


:: Pb. Ivan Pisani


 

 

 

 

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